Pelo menos seis policiais dispararam tiros na operação que resultou na chacina de Pau D’Arco, sudeste do Pará, em maio deste ano, sendo que cinco vítimas foram atingidas por uma “arma fantasma”, uma pistola .40 que não foi entregue pelos policiais envolvidos e nem foi encontrada pela polícia. Dessas vítimas da “arma fantasma”, duas morreram na chacina – os trabalhadores rurais Bruno Henrique Pereira Gomes, de 20 anos e conhecido como Lico, e Antonio Pereira Milhomem, de 50 anos, conhecido como Tonho, que foi também foi uma das vítimas a morrer com um tiro à queima-roupa, segundo informações do laudo da reprodução simulada feita pela Polícia Federal e divulgado em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) na tarde desta segunda-feira, 28.

Na madrugada de 24 de maio, o tenente-coronel Carlos Kened, o tenente Azevedo, o cabo Cristiano, o cabo Lira e os soldados Jonatas e Matias foram os primeiros a entrar a pé pela mata em busca dos ocupantes da fazenda. Foi desse grupo de seis policiais que partiram os primeiros disparos, segundo a reconstituição realizada pela PF em parceria com os peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. Por esse laudo foi confirmado, mais uma vez, que não houve confronto com a polícia na Fazenda Santa Lúcia durante a operação que resultou na execução de 10 trabalhadores rurais.

(Cleo Soares/Diário do Pará)

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