Os dados da estimativa populacional de 2017, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vão impactar nos coeficientes do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em 2018. No Pará, apenas um município – Jacareacanga – vai perder recursos do repasse. Outros seis ganham: Ipixuna do Pará, Medicilândia, Santo Antônio do Tauá, São João do Araguaia, Tailândia e Tomé-Açu. 

Segundo o IBGE, a população total do Pará é de 8,3 milhões de habitantes, divididos em 144 municípios. A cidade com o menor número de habitantes é Bannach, no Sul do Estado, com 4.612 moradores. A mais populosa continua sendo Belém, com 1,4 milhões, e aparece em 12º lugar entre as capitais do país no ranking populacional.

Entre as capitais, Belém e Rio Branco (Acre) tiveram crescimento na população - respectivamente de 0,43% e 1,69%. “As estimativas do IBGE são sempre avaliadas com cuidado pelos municípios, porque nem sempre elas refletem a realidade” explica o presidente da Federação das Associações dos Municípios do Estado do Pará (FAMEP), Xarão Leão. “E elas são muito importantes para que a gestão consiga fazer o planejamento das ações mais próximo do que realmente é a necessidade do município”, explicou. 

As estimativas populacionais municipais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União no cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios, referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos. Jacareacanga, por exemplo, teve uma expressiva redução populacional em - 8,96% e deve perder recursos.

Brasil ganhou mais 1,6 milhão de cidadãos

A população brasileira é de 207, 6 milhões de habitantes, segundo o IBGE. O crescimento de 2016 para 2017 foi de 0,77% (cerca de 1,6 milhão de pessoas a mais). De acordo com o IBGE, a taxa de crescimento populacional vem desacelerando nos últimos anos. No período de 2015 a 2016, a taxa de crescimento foi de 0,80%. A razão principal da redução no ritmo de crescimento, segundo o instituto, é a queda na taxa de fecundidade.

Segundo o IBGE, para 2017, a projeção mostra que a taxa de fecundidade era de 1,67 filho por mulher, a taxa bruta de mortalidade era de 6,15 mortes por mil habitantes e o saldo migratório (pessoas que entraram menos as que saíram do país) foi de 8.304 pessoas.

Com base no levantamento, o IBGE aponta que projeção demográfica daqui a 26 anos (entre 2042 e 2043) é de que a população brasileira vai atingir seu limite máximo, estimado em 228,4 milhões. Em seguida, deverá decrescer.

(Luiza Mello de Brasília)

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