Os peritos criminais do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves paralisaram os serviços, ontem, por 12 horas. A ação foi feita pelos servidores para protestar contra o Governo do Estado, que não reajusta o salário da classe, além da sobrecarga e da falta de segurança armada nas unidades do órgão em todo o Pará.

Com relação ao ajuste salarial, os peritos criminais exigem acréscimo de 100% nas gratificações do risco de vida e perícia judiciária, assim como a incorporação do abono de R$320. De acordo com os organizadores da paralisação, desde que o CPC deixou de fazer parte da Polícia Civil para virar uma autarquia, em 2001, houve 50% de perda salarial.

Outra reivindicação é sobre a falta de mais peritos criminais ao CPC, que conta apenas com 350 servidores no Pará. Segundo o movimento, isso significa um perito para cada 21 mil paraenses, o que contraria a recomendação dos organismos internacionais que estabelece um para cada cinco mil habitantes.

Ainda de acordo com o movimento, os peritos criminais também reivindicam a falta de segurança na unidades do Renato Chaves no Pará. Eles relembram o caso das armas roubadas dentro da unidade do município de Castanhal, em julho deste ano. “Sabemos de relatos que já houve outro caso de assalto dentro da mesma unidade de Castanhal”, relembrou Ériko Nery, líder do movimento.

Os peritos criminais esperam ser atendidos pelo Governo do Estado e afirmam que existe a possibilidade de outras ações de protesto em outros dias, caso sejam ignorados.

Em nota, o CPC confirmou que a paralisação dos peritos impediu a retirada de cadáveres por parentes na unidade, em Belém, no bairro do Bengui.

(Alexandre Nascimento/Diário do Pará)

MAIS ACESSADAS