As árvores no canteiro central da travessa Barão do Triunfo, no trecho entre as avenidas Marquês de Herval e Visconde de Inhaúma, ainda estão “enfeitadas”, no bairro da Pedreira, em Belém. Mas não são adereços simbolizando o Natal, e sim sacos de lixo deixados pelos moradores que sofrem com a falta de coleta seletiva que, segundo eles, não é feita há quase uma semana. Bairros como Tapanã, Benguí e Conjunto Maguari estão desde o dia 23 de dezembro sem a coleta. “A última vez que a coleta passou foi na quinta-feira antes do Natal. Essa sujeira acumulada é muito ruim para quem mora e trabalha por perto”, reclama Roberto Coelho, de 57 anos. O morador da travessa Barão do Triunfo vende lanche na porta de casa e diz que o problema também o prejudica. “É complicado viver com esse mau cheiro”. No trecho, há lixo doméstico e até entulhos, como colchão de casal abandonado no canteiro central. A sujeira não para por aí. Ao longo do canal da Visconde, o que não falta é lixo espalhado. Segundo o comerciante Jaime Correa, de 62 anos, na esquina da passagem São Benedito, o problema tem se agravado nos últimos 2 meses. “Antes, o lixeiro passava todas as noites. Agora, apenas duas vezes por semana. E esse lixo que está aí já tem uns quatro dias”, lembra. Outro ponto crítico é na travessa Timbó, esquina com a Visconde de Inhaúma. Além de lixo doméstico, há galhos de árvores, restos de móveis, pneus, madeira, colchão e até máquina de lavar. Quem mora ali perto já pensa em se mudar. “Não tem condição nenhuma de viver assim. Essa sujeira atrai urubu, ratos e, quando chove, é horrível. O lixo vem bater na minha porta”, reclama Marcos Costa, de 39 anos, servidor público. SEM RESPOSTA Sobre a falta de coleta de lixo nos pontos citados na reportagem, o DIÁRIO e o DOL procuraram a Prefeitura de Belém por meio da assessoria de comunicação, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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