Desorganização e sujeira são as principais queixas de quem frequenta e trabalha na Feira da Terra Firme, localizada no decorrer da avenida Celso Malcher. Trânsito desordenado, barracas que ocupam o asfalto e põem pedestres em risco, além de buracos e alagamentos, são alguns dos problemas mais visíveis.

“Eu, por exemplo, que ando de bicicleta, tenho muita dificuldade de me locomover pela feira”, conta a dona de casa Maria Helena Reis, 45. “Para atravessar é um caos. Pedestre não é respeitado e é o tempo todo esse aglomerado”, critica. A operadora de caixa Isabela Leal, 21, reclama da sujeira. “Muito sujo, muito lixo, muito entulho. No final do dia, aqui fica horrível”, denuncia. Segundo a moradora, a feira é a única do bairro e por isso não tem outra opção. “Tá faltando iniciativa da Prefeitura para melhorar a feira. A comunidade precisa disso”, reclama.

Já os feirantes criticam a falta de manutenção das vias, que afasta clientes e dificulta o acesso ao local. “Qualquer chuva aqui enche tudo. Fica alagado e a água invade as barracas”, argumenta o Antônio Andrade, 72, que tem uma barraca de frutas na feira há quase 40 anos. De acordo com o feirante, um dos principais problemas é o descaso da Prefeitura ao não limpar os bueiros devidamente.

Já o vendedor Marcos Borges, 34, se queixa do trânsito. “Tem caminhão que para aqui na frente para descarregar e fica aí, atrapalhando todo mundo”, se queixa o comerciante. 

A poucos metros de sua barraca, inclusive, há uma parada de ônibus bem no meio da avenida, sem qualquer encostamento ou cobertura. Os coletivos param para apanhar e deixar seus passageiros, mas fecham a via, impedindo a passagem de carros e pedestres. 

A Prefeitura não respondeu aos questionamentos da reportagem.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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