O conceito de violência é tão amplo que, por vezes, pode ser difícil até mesmo para quem é vítima identificar que está inserida em uma situação de conflito. Para quem tem dúvidas ou procura uma orientação para identificar que opção dispõe para sair de tal condição, uma das possibilidades é o atendimento gratuito da Clínica de Atenção à Violência (CAV), que faz parte do Núcleo de Práticas Jurídicas da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Coordenadora da CAV, a professora Luanna Tomaz explica que o atendimento é voltado para qualquer situação de violência, sobretudo cometida contra mulheres, crianças e adolescentes, idosos e casos de violência policial, racial e LGBTfóbica. Das demandas atendidas nos dois anos em que a CAV já existe, os casos de violência contra mulher são os mais recorrentes. “Tem pessoas que vêm em busca apenas de uma orientação, mas também já tivemos casos de pessoas que saíram da agressão e vieram direto para cá”, revela.

Para que todo o suporte necessário neste momento seja garantido, são oferecidos atendimentos não apenas jurídico, mas também psicológico, odontológico e de enfermagem.

No caso da dinamarquesa Lisbeth Markussen, 40, o acompanhamento pelo CAV já dura quase dois anos. Na condição de refugiada em Belém, Lisbeth conta que a orientação recebida pela clínica foi fundamental para que ela saísse da situação de violência em que se encontrava. “Agora estamos bem. Tenho um trabalho, as crianças estão na escola (os três filhos), temos onde morar e já fazemos parte de uma igreja”, revela a mulher.

Serviço

O atendimento é feito no Núcleo de Práticas Jurídicas da UFPA (rua Augusto Corrêa, Bloco L – Campus Profissional) às sextas, das 8h às 12h.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

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