A ordem era planejar, mas, se não foi possível entrar 2018 com as finanças em dia ou se novas dívidas surgiram no início deste ano, é hora de colocar o plano de emergência em ação. São medidas que deverão ser tomadas para organizar a vida financeira de acordo com orçamento e prioridades de cada família, já que, para muitas pessoas, o ano só começa após o Carnaval.

Segundo a educadora financeira Ana Ferrari, vice-presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), compromissos com moradia e alimentação são imprescindíveis para todos os níveis financeiros, enquanto outros podem ser reavaliados, reduzidos, trocados ou mesmo retirados de planejamento. “Dependendo da situação financeira, a família deve estabelecer as prioridades. E isso não é único para todos, pois há famílias cujo rendimento é baixo. Mas, como regra geral, contas com prestação de casa ou aluguel, energia elétrica, água, gás e supermercado são essenciais”, detalha a especialista.

Quem já está no vermelho ainda pode se recuperar. Ferrari afirma que a família deve calcular de quanto dispõe mensalmente, negociar com a empresa onde está pendente e adquirir empréstimo consignado para sanar dívidas onde os juros são altos, como, por exemplo, de cartão de crédito ou cheque especial. “É trocar de dívida. Sair do crédito onde os juros são elevados e se concentrar nas parcelas do empréstimo com taxas de juros menores”, aconselha.

Além de trocar a dívida mais cara pela mais barata, Ana Ferrari orienta a família que busca a saúde financeira que também não venha a contrair mais despesas, faça o diagnóstico das despesas, procure aumentar a renda, se mantenha no padrão de vida que possui e faça algumas trocas de hábitos. “A educação financeira é fazer de acordo com o que tem e o que quer. Se houver planejamento, consegue se equilibrar”, garante.


(Michelle Daniel/Diário do Pará)

MAIS ACESSADAS