Os estudantes quilombolas que ocupavam a Secretaria Municipal de Educação de Salvaterra deixaram o prédio no final da tarde de quinta-feira (1°), após cerca de de 24 horas de ato público. O grupo havia montado acampamento dentro do local para protestar contra a decisão do prefeito de retirar um professor da comunidade para outro local.

Segundo a liderança dos manifestantes, a decisão de deixar a escola foi tomada após a prefeitura protocolar na Justiça um mandado de segurança pedindo a retirada dos manifestantes. Os manifestantes pediram a presença do secretário de Educação no momento em que deixaram o prédio, mas ele não compareceu.

Acompanhados de uma guarnição da PM, os estudantes então registraram um Boletim de Ocorrência sobre o momento da desocupação, com o testemunho dos policiais, para comprovar as condições em que o loval foi entregue. Os quilombolas afirmam que a prefeitura alegava que o local havia sido depredado e arrombado, e registraram o caso para contestar essa versão.

Os manifestantes já haviam interditado a rodovia PA-154 duas vezes em protestos anteriores, também pedindo a volta do professor. Eles afirmam que o profissional trabalhava com excelência, chegando a reduzir índices de evasão escolar, mas que foi mudado de escola por perseguição política.

Um manifesto feito pelos estudantes foi deixado na secretaria e distribuído à população de Salvaterra, explicando a causa dos quilombolas.

(DOL com informações de Dário Pedrosa)

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