As reivindicações dos professores estaduais seguem sem resposta do Governo do Pará, após mais um ato da categoria por direitos trabalhistas e reformas de escolas. Ontem de manhã, eles fizeram uma manifestação de forma simultânea à paralisação da classe, que se uniu em frente ao novo prédio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para exigir uma reunião com a secretária Ana Cláudia Hage.

“Até hoje não tivemos nenhuma reunião com os secretários para tratar das nossas pautas, apesar das nossas várias tentativas”, critica Alberto Andrade, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp). “Enviamos um ofício para a Secretária de Educação no dia 6 de fevereiro, solicitando audiência para hoje, e nunca tivemos resposta”, lamenta.

Entre as principais pautas reivindicadas pela categoria estão o fim do decreto que limita a carga horária dos professores, o pagamento do piso salarial que está há três anos atrasado e a reforma emergencial das escolas públicas estaduais, que sofrem com insegurança e falta de infraestrutura adequada. A professora Aline Amador, da Escola Vilhena Alves, em São Brás, quase perdeu a vida por causa da violência que ronda os colégios públicos do Estado. “Um aluno armado invadiu a minha sala, no meio da aula, para tomar o celular de uma aluna, que acabou reagindo ao assalto. Ele atirou e por pouco não atingiu a mim e a outro aluno”, relata.

O coordenador do sindicato garante que, se não houver acordo, haverá outra paralisação no dia 28 deste mês e uma Assembleia Geral no dia 5 de abril para discutir o indicativo de greve da categoria.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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