O advogado Ismael Moraes, que representa a Associação dos Caboclos, Indígena e Quilombolas da Amazônia (Cainquiama), afirmou ter sido comunicado ontem pelo promotor de Barcarena, Laercio Abreu, que o procurador geral de Justiça determinou o acompanhamento da investigação sobre a morte de Paulo Sério Almeida Nascimento, 47 anos, pela promotoria, e que a principal testemunha do assassinato, ocorrido na segunda (12), será acompanhada no seu depoimento. 

Essa recomendação foi um pedido do próprio advogado, procurado pela testemunha, que contou ter ouvido relatos de vizinhos de que um carro da Polícia Militar, à distância, teria dado “apoio” ao veículo que conduzia os assassinos. Moraes disse que quem viu o fato está com muito medo de aparecer e que teme retaliação, por isso não quis oferecer o seu depoimento até agora à polícia, e sim ao Ministério Público na cidade. 

Na terça-feira (13), a assessoria da Polícia Militar informou que não há nenhum inquérito instaurado para apurar suposta participação de PMs no crime e, ainda, que a Segup ia solicitar ao procurador geral que designe um membro do Ministério Público para acompanhar as investigações.

(Carol Menezes/Diário do Pará)

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