Ainda na avenida Nazaré, às proximidades da Praça Santuário do Centro Social de Nazaré (CAN), uma mangueira centenária encontra-se inclinada para cima da pista e preocupa quem passa pelo local. Basta um pouco de atenção para perceber que, por cima, a grande copa da árvore praticamente já alcança o outro lado da pista. Na área do tronco, o que se vê desde a base é uma inclinação considerável em direção ao local por onde passam os carros. 

A árvore está localizada a poucos metros do local onde uma outra mangueira caiu duranta a chuva da tarde de quarta-feira (28), atingindo uma banca de revistas e cabos de fiação elétrica.

Trabalhando próximo ao vegetal, o comerciante Jorge Nakashima, 59 anos, conta que o mesmo já apresenta esta inclinação desde que ele se mudou para o local, há 35 anos. O fato novo que o tem preocupado, porém, é o desnível da área da calçada que circula a base da árvore, o que poderia indicar a suspensão das raízes do vegetal. “A calçada já levantou ali próximo à raiz. Ela não estava assim antes”, conta, ao deixar evidente a preocupação. 

A queda da mangueira interditou uma faixa da avenida e destruiu uma banca de revistas. (Foto: Irene Almeida/Diário do Pará)

Em caso de constatação, através de estudos e exames, de que a árvore realmente oferece risco de queda, o pesquisador da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Sérgio Brazão e Silva, também defende a retirada preventiva. “Quando se identifica o risco, a árvore tem que ser removida e uma nova plantada no local”. 

Outro fator de risco é a poda realizada de forma equivocada, o que pode desequilibrar a árvore. Sérgio Brazão aponta que é necessário que se realizem estudos para confirmar se o vegetal não oferece risco de queda. 

Em nota, a Prefeitura de Belém informou que o trabalho de fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente (Semma) “ocorre durante todos os dias da semana. A nota garantia, ainda, que a Semma enviaria, ainda ontem, uma equipe técnica para vistoriar o vegetal e tomar as medidas necessárias o quanto antes.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

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