Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), elaborado em fevereiro desse ano, destacou que o Centro de Recuperação Penitenciário do Pará III (CRPP III) vive uma situação alarmante e, por esse motivo, precisava de uma “muralha para isolamento”. Atualmente a unidade abriga 660 presos, quando deveriam ser apenas 432. As informações são do UOL, publicada na noite desta terça-feira (10).

A partir de inspeções presenciais, o Conselho entendeu que a construção de uma muralha era necessária justamente para evitar a “facilidade do resgate realizado com apoio externo”, pois ações como essas já são classificadas como “alarmantes, insustentáveis e recorrentes”.

No relatório foi pedido também em caráter de urgência um reforço da estrutura de segurança da área de visitação, que tem apenas um “alambrado e concertina”.

TENTATIVA DE FUGA

O CRPP III foi alvo de uma tentativa de resgate de presos na tarde desta terça-feira (10), no Complexo de Santa Izabel, Região Metropolitana de Belém. Durante a ação, agentes penitenciários foram feitos reféns e houve intensa troca de tiros, chegando a 21 o número de mortos nesta terça-feira (10).

Entre as vítimas, um agente prisional teve o óbito confirmado pela Segup. Na tentativa de resgate, foram utilizados explosivos contra um dos muros do solário do Pavilhão C. O combate entre policiais e detentos durou mais de duas horas no local.

Segundo a Susipe, a ação foi realizada de maneira coordenada. Um grupo de presos iniciou o motim dentro do presídio, enquanto criminosos tentavam fazer o resgate dos detentos pelo lado de fora do complexo, que fica às margens da rodovia BR-316.

ARMAS APREENDIDAS

Sete armas, sendo dois fuzis, três pistolas e dois revólveres, além de um cartucho com munições, foram apreendidos com o bando que tentou invadir a casa penal. A Segup disse ainda que irá investigar a entrada de armas na unidade, além das circunstâncias das trocas de tiros durante a tentativa de resgate de presos.

O delegado Rodrigo Leão, diretor da Seccional de Santa Izabel do Pará, está com equipe policial acompanhando a situação, além de duas equipes da Divisão de Homicídios e uma da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).

O DOL solicitou esclarecimentos à Segup e aguarda posicionamento. 

(Com informações do UOL)

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