Terminou ontem o prazo para a regularização do título de eleitor e cadastramento biométrico. Assim, 171 mil eleitores em Belém tiveram o documento cancelado após perderem o prazo dado pela Justiça Eleitoral. No último dia para a realização do serviço, havia filas imensas em frente ao Galpão 10 da Companhia Docas do Pará (CDP), um dos postos com um grande número de atendimento. 

Quem estava no fim da fila, porém, recebeu senha para fazer o serviço. Foi o caso do estudante de Administração Klécio Neves, 29. Ele conta que foi alertado pela mãe para ir ao local e regularizar o título. “Entrei na Justiça contra uma empresa e fiquei com medo de não conseguir receber o beneficio se tivesse com problemas no título”, contou.

A professora Maria Célia Silva, de 43 anos, também deixou para o último dia para fazer o cadastramento biométrico. “A gente é obrigada a ficar quite com a Justiça Eleitoral. Eu, por exemplo, sou concursada, mas pretendo fazer outros concursos e ficaria impedida de me inscrever sem o CPF”, afirmou. Desempregada, Kátia Barros, de 26 anos, conta que pediu dinheiro para a sogra para fazer a revisão cadastral. “Moro na Vila de Americano e até cheguei a ir ao cyber para agendar atendimento por lá mesmo. Mas não consegui atendimento pra lá, porque voto em Belém”, disse. 

A revisão cadastral era obrigatória para alguns casos, como a retirada da primeira via, atualização e transferência. Quem perdeu novamente o prazo para a regularização do título teve o documento cancelado e terá restrições no CPF. Nessas condições, o eleitor poderá se regularizar somente depois das eleições, a partir de novembro. É o que explica a supervisora de posto, Jacqueline Carneiro. “Esse eleitor pode ainda fazer a justificativa, mas mesmo assim pagará multa por não ter feito a revisão cadastral”, explica.

(Wal Sarges/Diário do Pará)

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