Os bairros do Marco, Marambaia e Pedreira são palcos da maior parte dos crimes como homicídio, roubo e acidente que ocorre em Belém. Outro dado importante: grande parte da violência acontece no período da noite e aos sábados. E o mês de agosto é o período considerado mais violento do ano. 

Esse é o resultado do mapeamento da violência que um aluno de uma universidade particular da capital realizou durante 1 ano, a partir de um programa que coletou dados de uma determinada rede social. “A ideia é mostrar que, através da rede social, é possível saber onde, quando e como os crimes ocorreram. A partir das postagens foram coletadas informações através de um programa e armazenadas em um banco de dados”, explica Lucas Furtado, aluno do último ano de Ciência da Computação, responsável pela pesquisa intitulada “Utilização de Técnicas de Mineração de Dados para Descoberta de Conhecimento Provenientes da Rede Social. Um estudo de caso de crimes em Belém”. O trabalho foi apresentado durante um evento da universidade e também será defendido no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Lucas monitorou perfis em redes sociais para montar os dados. (Foto: Ricardo Amanajás/Diário do Pará)

Os dados coletados tiveram como base três perfis de usuários: Belém Trânsito, Belém Notícias e JR Avelar, que postaram informações no Twitter sobre os crimes que ocorreram quase instantaneamente. A análise foi feita de janeiro a dezembro de 2017. “É possível para fazer previsões e comparar com dados do Governo e gerar gráficos para mostrar à população quais os bairros ela pode se sentir segura”. Lucas foi orientado pelo professor Alan Marcel que explica ter desenvolvido um programa, baseado em códigos pré-estabelecidos pela internet. 

Ainda de acordo com o docente, a ideia é inovadora. “As análises poderão criar programa para o setor de inteligência e detectar isso em tempo real e até mesmo prevenir os crimes”, garante Marcel.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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