Professores da rede estadual de ensino do Pará relatam sofrer agressões durante um protesto realizado na manhã desta quarta-feira (23), em frente à Secretaria de Estado de Administração (Sead). Os trabalhadores afirmam que foram vítimas de truculência policial durante o ato público, que interdita a avenida Almirante Barroso desde o começo da manhã. Em resposta, o Governo afirma que o protesto deverá atrasar os pagamentos no Estado.

Um grupo de profissionais e estudantes interditava a via no sentido Entroncamento/São Brás desde prédio do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), de onde sairam em caminhada até a Sead, no cruzamento com a travessa do Chaco, onde policiais da Rotam realizavam o isolamento.

Os professores afirmam que foram recebidos de forma truculenta na Sead. (Foto: divulgação/Sintepp)

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), os trabalhadores começaram a entrar no local quando foram barrados pelos policiais, que empurraram os professores e utilizaram spray de pimenta para dispersar o movimento. Cerca de 10 professores conseguiram entrar no prédio, onde realizam uma ocupação do local.

Uma das professoras exibe as marcas do spay de pimenta utilizado pelos policiais. (Foto: via WhatsApp)

Em nota, a Sead classificou a ocupação do espaço pelos trabalhadores como uma "invasão abrupta", e que devido ao ato, "servidores da secretaria tiveram que interromper suas atividades" e que "com isso, o trabalaho de processamento da folha de pagamento do Estado está sendo prejudicado, colocando em risco o pagamento de mais de 107 mil servidores". A secretaria deverá divulgar um balanço no fim do dia, informando se ocorrerá de fato algum atraso, previsto para iniciar na sexta-feira (25).

A Sead ainda afirma que a ação dos professores ocorreu "sem qualquer aviso prévio ou solicitação de agendamento de reuião" e que "irá se reunir (com os manifestantes) se for solicatada e agendada a reunião para a próxima semana". 

A Polícia Militar informou ainda que a tropa especializada utilizou de armamento não-letal durante a intervenção, "medida necessária à preservação do patrimônio público, uma vez que um grupo de professores tentou invadir o prédio da Sead pelo portão lateral, forçando o mesmo".

(DOL)

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