Entre 2007 e 2017, apenas em rodovias federais policiadas, foram registrados 1,65 milhão de acidentes, média de 411,3 por dia. No mesmo período, 83.481 pessoas morreram nessas, o que corresponde a mais de 20 mortes por dia. No Pará, os dados também são alarmantes. 

Segundo a pesquisa, em 10 anos, os acidentes nas rodovias federais que cortam o Estado resultaram em 14.530 vítimas. Só no ano passado, foram 1.076 acidentados. Os acidentes fatais também trazem números altos. Entre 2007 e 2017, o número de óbitos nas estradas paraenses foi de 1.996, sendo 161 mortes no ano passado, deixando o Estado na liderança do ranking do Norte nesse quesito. 

Essas estatísticas indicam que o Brasil apresenta um atraso de 35 anos em relação aos países desenvolvidos onde quantidade semelhante de mortes e de acidentes rodoviários era um problema do início da década de 1980, segundo pesquisas. 

Estes são alguns dos resultados do estudo “Transporte Rodoviário: Acidentes Rodoviários e a Infraestrutura” divulgado ontem (4) pela CNT (Confederação Nacional do Transporte). 

RELAÇÃO

O documento apresenta os principais fatores que contribuem para a ocorrência dos acidentes e faz uma relação entre eles as características da infraestrutura rodoviária existente nos locais das ocorrências.

O trabalho da CNT também aponta a frequência e a gravidade dos acidentes segundo o tipo infraestrutura existente, mapeando, ainda, os 100 trechos rodoviários onde se concentram o maior número de mortes. “Este estudo comprova que há uma forte relação entre os acidentes e a qualidade das rodovias. São dados consistentes que, mais uma vez, comprovam a necessidade de realização de fortes investimentos em infraestrutura de transporte”, afirma o presidente da CNT, Clésio Andrade. 

REGISTROS

O estudo é baseado no registro de acidentes com vítimas ocorridos em rodovias federais de todo o país, realizado pela Polícia Rodoviária Federal e nos resultados da Pesquisa CNT de Rodovias 2017.

(Diário do Pará)

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