Servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Belém, paralisaram as atividades, na manhã desta segunda-feira (11), para cobrar melhores condições de trabalho. A paralisação é voltada contra a prefeitura da cidade e deve durar o dia todo.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Pará (Sintesp), os servidores reivindicam melhoria estrutural do serviço e condições dignas de salários como o reajuste do vencimento base e do vale alimentação.

Após o manifesto em defesa da pauta, uma assembleia geral será realizada no período da noite onde será decidido quais os rumos a serem tomados pela categoria.

“Do manifesto tiraremos um comando e vamos decidir na assembleia se entramos em greve ou estado de greve”, disse Carlos Haroldo, diretor administrativo de finanças do Sintesp.

SUCATEAMENTO

Imagens feitas pelos servidores e enviadas à reportagem mostram ambulâncias sucateadas, muitas em condições mínimas de funcionamento que vão desde pneus carecas, rasgados e furados até lataria em péssimas condições.

O mesmo pode se dizer das ambulanchas e macas que deveriam dar assistência à população, mas apresentam vários tipos de avaria (Imagens: Sintesp)

Um vídeo mostra com detalhes os problemas enfrentados pelos servidores; assista

REMUNERAÇÃO

Ainda de acordo com Carlos Haroldo, há três anos, os servidores tentam conversar com o secretário municipal de saúde e com a prefeitura na busca de dois itens da pauta econômica que estão defasados, o reajuste no salário e no vale alimentação.

Segundo Carlos, a prefeitura de Belém não paga o salário mínimo nacional que atualmente é de R$ 954,00.

“Desde 2015 a prefeitura não paga o mínimo. Reajustou este ano em 3%, passamos de R$ 788,00 para R$ 811,00 queremos ao menos o mínimo nacional”, informou.

Quanto ao vale alimentação, os servidores pedem um acréscimo de R$ 130,00, dos atuais R$ 270,00 para R$ 400,00.

Sobre as reivindicações dos servidores, a Sesma disse que não foi comunicada formalmente de nenhum ato de paralisação e não reconhece o movimento dos prestadores do SAMU, que como médicos dos demais serviços são prestadores eventuais e considera abusiva qualquer medida deste tipo.

(DOL)

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