O Pronto Socorro do bairro do Guamá está com o atendimento aos pacientes parcialmente suspenso desde o último dia 2 de julho, quando a Prefeitura de Belém anunciou que o hospital seria fechado para reforma.

Quem for até lá vai encontrar a porta fechada e um aviso de que os atendimentos são realizados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro da Terra Firme, no hospital Samaritano e no PSM da 14 de Março. Mas mesmo com o fechamento, a unidade continua com pacientes internados e equipes que fazem procedimentos de cirurgia de baixa complexidade.

Não se sabe quando o PSM do Guamá entrará de fato em reforma, o que deverá garantir mais conforto para a população. Um funcionário da UPA da Terra Firme que não quis se identificar confirmou que o hospital continua em funcionamento e que é para onde os casos mais complexos advindos das próprias UPAS estão sendo encaminhados.

Uma funcionária do setor de guarda volumes, na entrada da internação, também confirmou ao DIÁRIO que mesmo com a promessa da prefeitura de uma reforma no local, nada ainda foi feito.

A reforma, que deverá durar cerca de dez meses, custará R$ 10 milhões aos cofres públicos. A obra prevê adequações na arquitetura do hospital,, novos equipamentos e aumento do número de leitos (de 68 para 92), além da elevação do hospital de média para alta complexidade.

A população ainda está confusa com a mudança. A técnica de enfermagem Vilma Gomes denuncia que o primo dela, Edmundo da Silva Nascimento, já procurou a UPA da Terra Firme e o PSM da 14 para tentar trocar uma sonda nasogástrica, mas foi informado de que o procedimento não é feito em nenhuma das unidades.

“A gente não sabe mais para onde levá-lo. E não temos condições de ficar gastando com carro. Já fomos na UMS também, mas ficam jogando um para o outro a responsabilidade”, disse.

A reportagem procurou a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), mas até o fechamento desta edição não obteve nenhuma resposta.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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