Os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga os indícios de contaminação mineral em Barcarena deram ontem um ultimato ao secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Luiz Fernandes Rocha: ou ele entrega as cópias dos processos solicitados desde o início dos trabalhos da CPI, instalada em março, ou eles farão uma inspeção na sede da Secretaria. O gestor é esperado hoje, a partir das 14h, para mais uma oitiva pedida pelos deputados que participam do grupo de trabalho.

“Fizemos um contato com ele ontem e nos foi dito que os documentos serão enviados. Seria bom se ele trouxesse logo, tanto para ele, quanto para o andamento dos trabalhos da CPI”, sugeriu o deputado Carlos Bordalo, PT, que integra a Comissão.

Estava prevista para ontem uma ação semelhante na Delegacia Geral da Polícia Civil, também em função da demora do envio de documentação solicitada pelos parlamentares, só que o delegado geral, Cláudio Galeno, encaminhou na segunda, 30, cópias dos 24 inquéritos solicitados. Com isso, a diligência foi abortada.

PRESIDENTE

Além de Rocha, os deputados ouvem hoje também um representante do Ministério Público do Estado do Pará (MP-PA) e nos próximos dias devem ser ouvidos ainda entre 22 e 24 funcionários que estavam de plantão nos dias 17 e 18 de fevereiro na Hydro, em Barcarena, quando os indícios de vazamento no rio foram detectados visualmente pelos moradores.

O presidente mundial da multinacional, Svein Richard Brandtzæg, de acordo com Bordalo, confirmou ontem que atenderá o pedido da Comissão e participará de uma das oitivas, em data ainda não anunciada. Como a duração da CPI foi prorrogada no final do expediente legislativo, no mês de junho, a entrega do relatório final e consequente encerramento dos trabalhos está previsto para o dia 17 de setembro.

(Carol Menezes/Diário do Pará)

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