Estudantes da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) fazem um protesto, na tarde desta terça-feira (7), dentro da universidade, por causa das denúncias de machismo e até incitação ao estupro reveladas em conversas de WhatsApp de grupos de estudantes da instituição.

O protesto teve início por volta das 16h40, segundo informações de funcionários da instituição. Os estudantes interditam a estrada principal da universidade, no trecho em frente ao Instituto de Ciências Agrárias.

Por causa do ato, não estão circulando carros e nem o ônibus que faz o transporte de alunos dentro da universidade.

Denúncias

A polêmica na universidade teve início na noite do último domingo (5), quando conversas veiculadas em um grupo de WhatsApp com alunos da instituição foram compartilhadas e geraram revolta na comunidade acadêmica. As mensagens possuíam teor machista e, algumas, até faziam incitação ao estupro. Imagens de alunas nuas também teriam sido compartilhadas na rede social.

Em uma delas, é possível ler frases de teor racista como “aí depois me perguntam porque não gosto de preto”. Em outro print dos diálogos, os alunos que estão no grupo de WhatsApp propõem fazer um “ranking da Ufra”, após de terem sido supostamente imagens de alunas da universidade nuas.

Em outra conversa, mais grave, há incitação à violência sexual. “Bora logo meter o estupro”, escreveu um dos estudantes. “Estupro não, sexo surpresa”, diz outra mensagem na mesma conversa.

Após a divulgação dos prints, estudantes da Ufra pregaram cartazes pela instituição, na manhã da última segunda-feira (6), com alguns trechos das conversas.

(DOL)

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