No dia seguinte ao tremor de terra sentido, na última terça-feira (21), em alguns bairros de Belém – fenômeno que teve como epicentro o terremoto ocorrido na Venezuela -, a rotina foi mantida normalmente nos prédios da capital que chegaram a acionar o Corpo de Bombeiros. Apesar de vistorias emergenciais já terem sido realizadas pela corporação na própria terça-feira, uma nova agenda de inspeções está sendo montada em uma ação conjunta da Diretoria de Serviços Técnicos e do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil do Estado do Pará.

Localizado no bairro do Umarizal, o edifício Village Office foi um dos que recebeu a visita do Corpo de Bombeiros ainda na terça-feira. Na manhã de ontem, as atividades no prédio comercial eram mantidas normalmente. Na administração do prédio, a informação obtida foi a de que o tremor foi sentido por algumas pessoas que se encontravam no local por volta das 18h50. Em decorrência do tremor, pessoas chegaram a sair do prédio e permaneceram na calçada até a chegada dos bombeiros, que estiveram no edifício por volta de 20h55. Apesar do susto, a vistoria constatou que o prédio não sofreu abalos e liberou o retorno das pessoas.

(Foto: Ney Marcondes/Diário do Pará)

O supervisor de vendas Antônio Cássio, 24, trabalha no prédio e estava no local no momento do tremor. Ele conta que sentiu o abalo e chegou a ficar preocupado. “Tremeu bastante. Logo depois as pessoas começaram a sair do prédio porque ficamos com medo”, contou. “Mas os bombeiros avaliaram e não houve problema no prédio”, disse.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, na terça-feira foram realizadas vistorias emergenciais nos 25 prédios que acionaram a corporação. Porém, no primeiro momento, não foram identificados abalos em nenhum dos edifícios. Na capital paraense, o tremor teria sido sentido nos bairros do Umarizal, Pedreira, Telégrafo, Reduto e Batista Campos.

Em nota encaminhada ontem, os Bombeiros informaram que uma reunião foi realizada entre a Diretoria de Serviços Técnicos e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) para verificar as ações de vistorias aprofundadas nos prédios. A partir de um relatório do CPRM que deve verificar as áreas onde foram sentidos os tremores de terra, será feita uma avaliação dos prédios, a começar pelos que possuem acima de dez andares. Estará à frente do trabalho o diretor de serviços técnicos do Corpo de Bombeiros, Coronel Hayman.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

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