No ano em que os Fundos Constitucionais de Investimento completam 30 anos, o Banco da Amazônia promoveu ontem o Encontro Técnico de Planejamento para a Aplicação das Fontes de Recursos Financeiros do Fundo Constitucional do Norte (FNO). O evento foi realizado no Palácio da Agricultura, sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), em Belém. Luiz Lourenço Neto, superintendente regional do Banco, e Carlos Xavier, presidente da Faepa, iniciaram a programação discutindo sobre os entraves que a economia paraense enfrenta com a legislação ambiental e a contribuição dos investimentos do FNO para a região. “O FNO é a principal mola propulsora do desenvolvimento regional, mais de 60% do crédito de longo prazo implantado na região norte são feitos pelo Banco da Amazônia”, explica Lourenço. Segundo ele, o objetivo do encontro foi juntar esforços com a sociedade, federações, assistências técnicas, entidades de classe e universidades, para listar as iniciativas para o Fundo em 2019. “Iremos apresentar ao Governo uma diretriz que não apenas traga mais recursos para o nosso Estado, mas os aplique com qualidade”, complementa. Somente este ano, o Banco da Amazônia tem R$ 5,1 bilhões de recursos para o FNO, dos quais R$ 1,4 bilhão se destina ao estado do Pará.  Para Xavier, o financiamento do Banco é um mecanismo importante, mas que enfrenta dificuldades ao se deparar com a legislação ambiental. “Temos amplas possibilidades de ajudar o Brasil, com energia, escoamento de produção, mas a legislação engessa os investimentos”, critica.


(Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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