O setor varejista do comércio de Belém deve contratar até 2.500 temporários para o Natal deste ano. A estimativa é do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas). Segundo o presidente Joy Colares, a previsão é menor do que no ano passado, quando as contratações alcançaram cerca de 3 mil admissões.

Assim, mantém a tendência decrescente de contratos registrada desde 2014. Nos bons tempos da economia brasileira, o setor varejista chegou a disponibilizar até 8 mil vagas. “No final de 2017 teve uma pequena recuperação nos contratos, ficamos otimistas. Mas o comércio teve perdas de cargos logo depois”, comenta.

Entre as causas para a retração do movimento varejista está o desemprego, o medo de comprar e não conseguir pagar e a inadimplência. Segundo o Sindilojas, boa parte da população economicamente ativa está com o nome restrito no SPC ou Serasa. Ainda assim, as contratações devem ocorrer a partir de outubro, momento em que os lojistas começam a se preparar para as vendas de fim de ano.

Os setores de calçados e vestuários devem ocupar mais da metade dessas vagas. Silvio Marques, gerente de uma loja de confecções que possui três unidades no comércio, explica que, nesta época do ano, já iniciava as contratações extras. Mas este ano está sendo diferente, devido ao desaquecimento nas vendas.

(Foto: Rogério Uchôa/Diário do Pará)

LOJAS

O profissional conta que costumava contratar até cinco funcionários temporários desde o mês de agosto, para cada loja. Porém, até agora, contratou apenas uma funcionária temporária. “Ano passado, nesse mês, já tinha contratado dois ou três para cada loja. Mas esse ano o movimento está bem fraco. Para o Círio a gente contrata umas cinco e deve manter até dezembro”, explica.

Mesmo assim, o estabelecimento continua recebendo currículos. “Tem muita gente procurando. A gente faz muita promoção. Por exemplo calças jeans de R$ 88,00 por 14,99. Um material bom. A gente faz isso para chamar o cliente, ele entrar e comprar outras coisas”, diz.

Em outra loja de confecções, as contratações iniciarão mais próximo do final de ano. Proprietário da loja, Tom Mendes diz que deve manter a quantidade de temporários que costuma contratar a cada final de ano, sendo no máximo dez. “Esse ano não será diferente. A movimentação, ao meu ver, está normal para a época e a expectativa é que aumente pro fim de ano. O mais certo é contratar por indicação, mas recebemos currículo também. As pessoas já estão procurando”, reforça.

(Leidemar Oliveira e Pryscila Soares/Diário do Pará)

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