Ao percorrer as ruas de Belém é possível constatar que faltam lixeiras em boa parte delas. As poucas que existem são feitas e mantidas por alguns moradores, já que as públicas estão há algum tempo sem manutenção e apresentam buracos no fundo ou em toda a estrutura.

No trecho da avenida Pedro Miranda, que vai da travessa Vileta até a avenida Dr. Freitas, encontramos apenas a armação de uma próximo a uma parada de ônibus. O aposentado Jacinto Alves, 70, aguardava o ônibus ao lado e lamenta.

“É muito difícil você encontrar uma lixeira nesta rua, talvez dentro do mercado haja, mas nunca é o suficiente. Elas estão sempre transbordando. Falta um pouco mais de ação do poder público e consciência por parte da população”, explica Jacinto.

No trecho da avenida João Paulo II até a avenida Ceará, é possível encontrar uma lixeira e duas incompletas. No entorno do mercado de São Brás também é difícil encontrar lixeiras públicas em bom estado.

A produtora cultural Lorena Savedra que passeava pelo local aponta que sempre sai de casa com sacos para lixo na bolsa. “É complicado achar. Sempre tenho dificuldades e quando acho alguma está sem fundo”, explica Lorena.

Lorena guarda o próprio lixo na bolsa, por falta de opção (Foto: Fernando Araújo/Diário do Pará)

ORGANIZAÇÃO

O bancário Gilson Góes aponta que a presença de lixeiras só se dá em ruas centrais. “Até onde sei faltam lixeiras na maior parte de Belém. Na avenida José Malcher e algumas ruas centrais, você ainda encontra, mas e o resto da cidade? Falta também um interesse maior do poder público em investir em educação ambiental”, explica o bancário Gilson Góes.

Enquanto isso, trabalhadores precisam se organizar para melhorar o descarte. Uma associação de taxistas da Praça José Sidrim, em São Brás, trabalha com a preservação do espaço. “As lixeiras foram colocadas há muito tempo, mas nós cuidamos, pintamos, fazemos a manutenção delas e da praça como um todo”, explica o taxista Augustinho Mendes

PREFEITURA

A Prefeitura de Belém informa, em nota, que a capital dispõe de aproximadamente quatro mil lixeiras/papeleiras espalhadas por praças e vias com grande circulação de pessoas. Todas as feiras e mercados de Belém e distritos possuem contêineres para armazenar o lixo produzido.

“Para o descarte de materiais descartáveis, a cidade dispõe de 30 ecopontos para entrega voluntária de materiais”, afirmou. Por mês, em torno de 70 toneladas de produtos são recolhidos desses locais que estão espalhados pela cidade.

(Josiele Soeiro/Diário do Pará)

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