Imagens que circulam na internet denunciam a falta de estrutura em todo o Mercado de São Brás: são fios expostos, paredes tomadas pelo lodo e uma parte do prédio completamente destelhada, ameaçando a vida de trabalhadores todos os dias, em Belém.

Perigo no Mercado de São Brás pic.twitter.com/DpRnx5IXrq

— Mauro Bonna (@maurobonna) 11 de setembro de 2018

Mercado de São Brás está abandonado pela Prefeitura de Belém

Não é de hoje que as péssimas condições são retratadas no DOL ou pelo DIÁRIO. Em maio do ano passado a realidade não era nenhum pouco diferente do que vemos hoje: o mercado comemorava seus 106 anos com vidraças danificadas, rachaduras e infiltrações. Quem trabalha lá, ou mesmo quem circula ocasionalmente nas proximidades do mercado, sabe que o patrimônio não foi abandonado do dia para a noite.

E foi justamente a falta de manutenção e investimentos que contribuíram para que o Museu Nacional do Rio de Janeiro fosse consumido pelas chamas, perdendo 90% do seu acervo na noite de 2 de setembro, quando toda a história brasileira desapareceu junto com os mais de 20 milhões de itens catalogados naquele prédio histórico.

Mercado de São Brás pic.twitter.com/WTYQWQ64eQ

— Mauro Bonna (@maurobonna) 11 de setembro de 2018

Vale lembrar

Até o boato de incêndio no Mercado de São Brás, que apavorou internautas no início de agosto, chamou a atenção das autoridades públicas, além de trazer à tona a necessidade de brigar pela melhoria dos bens da nossa cidade.

Depois disso, a cantora Gina Lobrista chegou a mobilizar a população para um mutirão de limpeza na praça Floriano Peixoto, localizada em frente ao mercado - a ação ganhou força nas redes sociais e chegado o dia, todos foram surpreendidos por uma equipe de limpeza da prefeitura “fazendo o H”, limpando tudo.

Mercado de São Brás. Abandono total. pic.twitter.com/RuHIXlbDgr

— Mauro Bonna (@maurobonna) 11 de setembro de 2018

Quem responde?

No início da manhã desta terça-feira (11) procuramos a Prefeitura de Belém para se posicionar a respeito das imagens aqui divulgadas, saber quando foi realizada a última inspeção no mercado, quais foram as avarias encontradas e a previsão do conserto, mas até o momento não tivemos resposta.

Procuramos também, por meio de nota, a equipe dos Bombeiros para comentar os riscos da fiação exposta, saber se estavam cientes com base na última inspeção e se está prevista uma próxima; também não tivemos retorno até a publicação.

(Fernanda Palheta/DOL)

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