Atendimentos psicológicos gratuitos ajudam na prevenção de suicídios

Você sabe o que significa a campanha do Setembro Amarelo? Talvez por falta de tempo ou de interesse mesmo, muita gente não sabe do que se trata e não entendem a importância dessa campanha.

O Setembro Amarelo foi criado com o intuito de informar as pessoas sobre o suicídio. A campanha surgiu em 2015, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

O suicídio é um assunto que precisa ser discutido e o principal mote da campanha é a conscientização sobre a prevenção, buscando principalmente alertar a população a respeito da realidade dessa prática no Brasil e em todo o mundo.

De acordo com campanha, a melhor forma de se evitar o suicídio é através de diálogos e discussões sobre o assunto. E durante todo o mês de setembro, várias ações são feitas a fim de abordar o assunto e sensibilizar a população.

Quem precisa procurar ajuda especializada pode contar com serviços gratuítos, como o Atendimento Psicológico organizado pela Universidade da Amazônia (UNAMA), na Clínica de Psicologia (CLIPSI), onde os estudantes do curso de Psicologia desenvolvem um programa de atendimento especializado para ajudar pessoas que estão passando por esse tipo de caso.

Com isso, foi criado o Plantão Psicológico. Ele é direcionado às pessoas que chegam com demandas urgentes e emergenciais, explica a universitária Juliana Carneiro, de 20 anos, aluna do oitavo semestre de Psicologia da UNAMA. "Normalmente, essa pessoa que vai ao plantão está sendo movida por uma queixa especifica."

A estudante ressalta que as pessoas procuram o plantão por vários motivos, como a questão das dificuldades na escola, término de namoro, ou até mesmo por falta de sentido na vida e pensamentos sobre suicídios.

"O objetivo do plantão é que essa pessoa consiga compreender no atendimento de duas sessões um pouco mais o que está acontecendo, compreender o seu padrão de funcionamento ", conta Juliana.

Ela também diz que muita gente consegue fazer em uma sessão todo um processo de elaboração e, na maioria das vezes, não veem necessidade de voltar para outro atendimento ou até mesmo dar início a um processo psicoterápico.

SUICÍDIO

Juliana também ressalta que essas pessoas que tentam a prática do suicídio nunca querem acabar com a própria vida e sim com a dor que estão sentindo. Isso é algo sempre pontuado para quem procura o atendimento.

"É muito difícil a pessoa chegar no atendimento com essas palavras ('Eu quero me matar'), muitas vezes ela vai falar: 'eu quero sumir', 'eu quero dormir e não acordar mais', 'eu não aguento mais', 'está muito difícil', 'ninguém me ajuda', 'ninguém me escuta'. É como se fosse sinalizações, como se aquela pessoa tivesse gritando de forma bem silenciosa, bem discreta.", afirma a estudante.

Juliana também diz que no atendimento, eles pegam um contato, pois muitas vezes a pessoa não gosta de informar, e se for necessário, uma pessoa responsável é informada sobre ideações, pois ela não pode ficar sozinha. “É feita toda uma mobilização para garantir e salvar aquela vida”, completa.

A Clínica de Psicologia do Plantão Psicológico são para atendimentos mais pontuais e emergenciais. Os atendimentos são de segunda à sexta, de 8h às 12 e 13h às 21h, localizada no bloco F (1º andar), no campus da avenida Alcindo Cacela. Para saber mais sobre os serviços da Clínica, basta entrar no site da universidade.

(DOL)