Construído em 1901, o Palacete Faciola é um dos grandes casarões históricos que existem na capital paraense. Uma parte de grande importância para a história de Belém, o palacete abrigou membros da elite da cidade na Belle Époque, mas hoje se encontra em ruínas. O imóvel está localizado na avenida Nazaré, esquina com a rua Doutor Moares, no bairro da Nazaré.

Em 2008 ele foi adquirido pelo Governo do Pará, que anunciou que havia um grande projeto de reforma e reparos. Mas de lá pra cá, o prédio não teve sua restauração concluída.  Atualmente, ele está em péssimo estado de conservação. 

Fotos que circulam nas redes sociais mostram o estado de abandono do prédio histórico. Veja:

No início do ano, o Ministério Público do Estado (MPE) publicou uma recomendação, exigindo que os serviços de reformas e restauração fossem concluídos. Segundo o promotor Nilton Gurjão, existe um processo civil desde 2014/2015 que cobra alguma atitude da Secretária de Estado de Cultura (Secult), mas há anos, eles recebem a mesma resposta de que não há orçamento. 


Placa anuncia obra no Palacete Faciola (Foto: Alexia Damasceno)

Diante disso, o MP informou que enviou um ofício para a Secretária de Estado de Planejamento (Seplan), para que fosse incluído o orçamento em 2019. Além de ter encaminhado um ofício também para a Alepa para que, através da emenda parlamentar, também destinasse uma verba para o restauro desse patrimônio. 

Com isso o promotor ressaltou que o prédio precisa resistir mais um ano ou dois, mesmo que ele esteja “com risco de cair”. 

Em nota, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou que em um parecer técnico autorizou as obras de restauração e que conforme a legislação, a validade do parecer para esse tipo de serviço é de dois anos. 

O Iphan também informou que em uma vistoria realizada em agosto deste ano foi verificado que somente parte dos serviços aprovados foram executados. 

O DOL entrou em contato com a Secult, através de sua assessoria de imprensa, mas nenhum contato foi retornado até a publicação da matéria para comentar sobre a situação do Palacete Faciola. 

(DOL)

MAIS ACESSADAS