Pelo menos duas pessoas foram presas na manhã deste domingo (7) acusadas de fazerem boca de urna em Marabá, no sudeste paraense. A informação foi confirmada pela Polícia Civil, por meio do delegado Vinícius Cardoso da 21ª Seccional de Polícia.

Segundo o delegado, as duas pessoas que não tiveram os nomes divulgados, estavam com vasto material de campanha, o que configura crime eleitoral.

A Polícia Civil está com uma base no ginásio poliesportivo Renato Veloso, na Folha 16, Nova Marabá, trabalhando em conjunto com a Justiça Eleitoral na fiscalização do pleito. "As duas pessoas foram apresentadas sob acusação de boca de urna, a Polícia Militar que fez a condução está sendo ouvida, as pessoas também serão ouvidas, o material de campanha que foi flagrado com essas pessoas foi apreendido e elas serão submetidas a um Termo Circunstancial de Ocorrência e após isso colocadas para responder o processo em liberdade", disse.

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A juíza Renata Guerreiro Milhomem, titular da 23ª zona eleitoral de Marabá, explica que distribuir santinhos no dia da eleição é crime. "Volto a dizer a boca de urna é crime eleitoral, não existe distância mínima de 100 metros, em qualquer lugar é vedada a distribuição de material de campanha, blusas, bonés, santinhos, alimentação, tudo isso caracteriza crime eleitoral", enfatizou ela.

MULTA PARA QUEM SUJOU

A juíza Renata Guerreiro Milhomem, titular da 23ª zona eleitoral de Marabá explicou também que a Justiça Eleitoral fez o recolhimento dos santinhos jogados no chão e que deixaram Marabá suja logo nas primeiras horas deste domingo. Segundo ela, este material recolhido implicará em princípio em aplicação de multa para as coligações e partidos identificadas com o material gráfico dos santinhos recolhidos. "Nós iremos fazer os autos de constatação, encaminhar ao Ministério Público Eleitoral, mas em princípio caracterizaria punição a essa coligação ou candidato que insiste em fazer esse derramamento de santinhos", explicou.

(Michel Garcia)

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