Às 18h52 o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) declarou Helder (MDB) matematicamente eleito governador do Pará, momento em que somava mais de dez pontos percentuais de diferença em relação ao segundo lugar, Márcio Miranda (DEM), candidato da base do atual governador, Simão Jatene (PSDB). Por volta das 22h30, com 100% das urnas apuradas, Helder teve 405.274 votos de vantagem sobre o adversário político.

Crimes eleitorais como distribuição de santinhos, boca de urna e aglomeração de fiscais foram às ocorrências mais frequentes durante todo o domingo, especialmente no interior, em municípios como Medicilândia, São Félix do Xingu e Santa Maria das Barreiras. Não houve prisão em flagrante.

A situação mais adversa foi mesmo a do eleitor Paulo Roberto Barros Pereira, que em uma escola no bairro do Tenoné agrediu uma mesária que tentou impedir que ele filmasse o momento do voto Ele deve ser enquadrado pelo artigo 302 da Justiça Eleitoral, segundo a procuradora do TRE, Nayana Fadul.

Foi uma eleição marcada pela rapidez e tranquilidade (Foto: Irene Almeida/Diário do Pará)

MARCO

De acordo com a presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargadora Célia Regina de Lima Pinheiro, a rapidez foi um marco deste segundo turno. Às 17h30 a votação já estava encerrada em todo o Estado. Não houve atrasos ou filas enormes, como ocorreu no 1º turno. A organização credita a celeridade do pleito de ontem ao fato de serem poucos candidatos para escolher.

54 urnas precisaram ser substituídas. Nenhuma denúncia de possível fraude em urnas foi confirmada pelo Ministério Público Eleitoral. Às 19h49, 99% das urnas já estavam apuradas. A capital paraense encerrou sua transmissão de dados às 18h25, um recorde de acordo com o TRE, creditado à biometria.

Neste momento, “emperravam” o fim da eleição nos municípios do oeste, como Alenquer e Monte Alegre, e algumas seções de Santarém e Aveiro. Chuvas e até um acidente rodoviário sem gravidade envolvendo um técnico judiciário atrapalharam o transporte das mídias de resultado até às centrais de transmissão. Jacareacanga foi o primeiro município a encerrar a apuração.

Célia Regina de Lima Pinheiro considera que a rapidez foi um marco deste segundo turno. “Batemos recordes, mais uma prova cabal de que a biometria não interfere muito pelo contrário. Traz efetiva segurança ao processo. Em outras eleições sem biometria, encerramos bem mais tarde”, destacou.

(Carol Menezes/Diário do Pará)

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