Nos 15 primeiros dias deste ano moradores de diversos bairros reclamaram que a capital paraense está tomada pelo lixo e que a coleta não está sendo feita de forma regular. Verdadeiros lixões a céu aberto continuam poluindo a cidade. Em alguns pontos, como na rua do Acampamento, na Ponte do Galo, no bairro do Telégrafo, em Belém, moradores tiveram que improvisar e transformar o espaço que era usado para descarte irregular de lixo em jardim e área de lazer para a vizinhança. Nesta terça-feira (15), a situação não foi diferente e diversos bairros de Belém ficaram tomados por lixo. 

De acordo com informações da Prefeitura de Belém, a situação aconteceu devido ao atraso operacional no Aterro Sanitário em Marituba e, com isso, a coleta do lixo domiciliar na cidade foi prejudicada nesta madrugada. 

A nota detalha que a Auditoria Geral do Município, e as secretarias municipais de Saneamento (Sesan) e de Meio Ambiente (Semma) foram acionadas para apurar os problemas operacionais que causaram atraso de mais de 4 horas no descarte de lixo domiciliar no aterro operado pela empresa Guamá Tratamento de Resíduos. 

Segundo a Sesan, os caminhões coletores que fazem, normalmente, três viagens durante a madrugada, só conseguiram descarregar por volta das 5h, quando retornaram para iniciar o segundo roteiro. Essa demora ocasionará sucessivos atrasos para execução dos roteiros programados para a madrugada e também para a manhã desta terça-feira.

Já a Guamá Tratamento de Resíduos negou a informação e disse que que não ocorreu nenhuma situação atípica na operação do aterro sanitário nesta madrugada de terça-feira (15). O tempo médio de permanência total dos veículos no aterro foi de uma hora, entre a meia noite e 2h da manhã. A média é considerada normal para as segundas-feiras que recebem um acúmulo de resíduos gerados durante o fim de semana.

A empresa informou, ainda, que de 2h até as 4h da manhã não houve entrada de nenhum carro de coleta da Prefeitura de Belém no aterro, o que só ocorreu a partir das 4h.  A partir deste horário até as 7h da manhã, o tempo médio de permanência total dos veículos no aterro foi de 40 minutos. Isso evidencia que a ineficiência do serviço de coleta identificada não foi em decorrência das operações do aterro sanitário.

A Guamá informou ainda que as suas operações são registradas por meio de câmeras de vídeo e controladas através de sistema de pesagem, com registro de entrada e saída dos veículos, que estão disponíveis para checagem demonstrando total transparência. 

(DOL)

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