Na manhã de ontem, diversas entidades associativas, junto com a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 8º Região (Amatra 8), participaram de um ato público em frente ao prédio sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT8), localizado na travessa Dom Pedro I, no bairro do Umarizal, em Belém. Também estiveram presentes representantes do Sindicato dos Rodoviários, OAB/PA, CUT, o Sindicato dos Químicos de Barcarena, representantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) e diversos movimentos populares.

O ato tinha como objetivo debater a importância dos serviços prestados pelo órgão junto aos cidadãos e garantir a defesa da Justiça do trabalho e direitos sociais.

A mobilização aberta ao público em geral teve como finalidade demonstrar o valor da Justiça do Trabalho e da sua manutenção, confrontando o presidente da República, que em entrevistas incitava que estava em estudo a possível extinção da justiça trabalhista.

Para o presidente da Amatra 8, o juiz Pedro Tourinho Tupinambá, a Justiça do Trabalho age de forma eficiente e contribui com a sociedade, fazendo conciliações entre capital e trabalho. “A população precisa compreender a importância do órgão na prática jurídica do trabalho, e que a participação de todos é muito importante nesse momento, para garantir os direitos”, disse.

“Anunciar a extinção da Justiça do Trabalho já é uma injustiça. Iniciar esse ano com esse ato que para nós é mais do que simbólico, é da unidade política, da justiça, dos movimentos sociais, é dizer que somos contra a todo retrocesso e do avanço da agenda do capital sobre a relação do trabalho”, reforçou a presidente da CUT, Euci Ana.

Em nota, o TRT8, por meio de sua presidente, comunicou que não participou institucionalmente do evento denominado “Ato público em defesa da Justiça do Trabalho”, promovido pelas diversas entidades associativas, pois em face do Ofício 012/2019 do TST, foi informado por seu presidente, Ministro Brito Pereira, que em conversa pessoal na manhã do dia 18 de janeiro com o presidente da República, Jair Bolsonaro, foi informado que não há interesse por parte do Governo em implementar medidas voltadas à extinção ou alteração estrutural da Justiça do Trabalho, tendo ainda reafirmado declaração no mesmo sentido que fizera em visita ao referido Tribunal no ano passado.

(Wesley Costa/Diário do Pará)

MAIS ACESSADAS