No ano passado foram registrados 3.067 casos de febre chikungunya em Belém. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) os bairros com maior incidência são: Paracuri, Águas Lindas, Agulha, Água Boa, Marambaia, Montese e Marco. Os principais sintomas da doença são febre alta, dores nas articulações, dor de cabeça e manchas avermelhadas na pele. “Diferente da dengue, os sintomas da chikungunia podem permanecer por semanas, meses a até mesmo anos após o tratamento”, explica o coordenador da Divisão de Controle de Endemias, David Rosário.

Fernando Pereira, 63, morador do bairro do Paracuri, no distrito de Icoaraci, foi diagnosticado com o vírus em dezembro do ano passado. “Mesmo tendo todo o cuidado para não deixar água parada no quintal de casa, eu peguei a doença. Não podia nem andar, senti muita febre e dores pelo corpo”, comentou.

David explica que não existe vacina ou tratamento específico para a chikungunya. “A pessoa que sentir os sintomas da doença deve imediatamente procurar uma unidade de saúde para avaliação e orientações médicas”, ressalta.

A arquiteta Roberta Rocha, 24, adquiriu a chinkungunya em novembro de 2018. Apesar de não ter tido alguns sintomas como febre alta, ela ainda continua com resquícios da doença. “Tive dores fortíssimas nas articulações e corpo que duravam 24h e dor de cabeça constante. A fase mais aguda passou, mas até hoje ainda 
sinto leves dores”.

O coordenador lembra da importância da participação da população em fazer sua parte na prevenção. “O controle da doença não é só responsabilidade da prefeitura, cabe a população também ajudar, não deixando água acumulada e denunciando os pontos de focos que possam existir nas proximidades para que o criadouro do mosquito seja eliminado”, destaca.

(Wesley Costa/Diário do Pará)

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