O listão com os nomes dos classificados no Processo Seletivo 2019 (PS 2019), divulgado na última terça-feira (29) após liminar derrubada, provocou revolta entre candidatos da Universidade Federal do Pará (UFPA).

O pai de uma caloura do curso de Engenharia Química, que pediu para ter a identidade preservada, conta que a filha teve nota para passar, mas não estava na lista de aprovados.

“Pela nota, minha filha estava aprovada, mas o nome dela não consta na lista divulgada pela UFPA. Mais pessoas estão na mesma condição da minha filha, não se sabe o que aconteceu. Estamos aqui querendo saber o que houve”, questionou.

Os calouros alegam que estavam com resultados acima da nota de corte e mesmo assim não teriam sido aprovados. Cerca de 30 estudantes estão na Universidade reivindicando um posicionamento.

O DOL entrou em contato com a Universidade Federal do Pará (UFPA) que através de nota esclareceu, agora a tarde, que as notas mínimas informadas anteriormente para os candidatos não cotistas incluíam as notas de candidatos não cotistas que concorreram às vagas por acréscimo para pessoas com deficiências (PCDs). 

A nota acrescenta ainda que uma lista com dados informados para os candidatos não cotistas excluem as notas dos aprovados nas vagas por acréscimo para PCDs. Estas últimas estão informadas em 
separado.

LISTÃO UFPA 2019

Na tarde de ontem, representantes da UFPA e do Ministério Público Federal (MPF) chegaram a participar de uma audiência de conciliação na Justiça Federal. Porém, não se chegou a um acordo sobre o caso que discute os critérios utilizados no processo de 2019.

Uma decisão liminar da Justiça tinha suspendido, na semana passada, a divulgação da lista dos aprovados e proibiu o fracionamento de vagas por semestre. A opção, no momento da inscrição, pela entrada no primeiro ou no segundo semestre já era adotada anteriormente pela UFPA em três cursos. Porém, neste ano, o número de cursos que utilizavam esse critério aumentou para 16. 

Candidatos paraenses são maioria

Assim como em 2018, os paraenses mantiveram a liderança na disputa e ocuparam 7.176 vagas, totalizando 98,49% do número total de aprovados. Dentre os concorrentes de outros estados, o Amapá teve o maior número de aprovações com 37 candidatos, seguido por Tocantins, com 21 aprovados, incluindo o primeiro lugar geral, João Victor de Carvalho Reis.

(DOL)

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