Início da noite de terça-feira (16), passagem Elvira, bairro do Curió-Utinga, em Belém. Moradores percebem gritos e uma mulher, tentando se desvencilhar de seu agressor. À primeira vista, parecia um assalto. O caso era ainda mais grave: a mulher, Joele Fontes Palmeira, de 20 anos, foi esfaqueada pelo ex-companheiro e morreu em via pública, na passagem São Benedito.
O feminicida é Valdenor da Silva Souza, pedreiro e pintor, de 28 anos. O homem, que segundo vizinhos costumava agredir a mulher, não aceitava o término do relacionamento e, há pelo menos uma semana, perseguia a vítima.
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Após aplicar diversos golpes de faca em Joele, Valdenor tentou fugir, mas foi capturado e linchado por populares, sendo posteriormente entregue a uma guarnição da Polícia Militar.
Na chegada à Delegacia da Mulher, onde foi lavrado o flagrante por feminicídio, o assassino tentou justificar o injustificável, revelando o motivo para a sua atitude. "Foi semana passada, que a gente brigou e ela saiu de casa. Ela tava me traindo com um vagabundo. O cara nem trabalha. Eu sou um trabalhador e ela se meteu com o cara lá”.
Pena
O feminicídio é uma forma qualificada do crime de homicídio, prevista no artigo 121, inciso VI do Código Penal. A modalidade foi incluída na legislação penal brasileira em 2015, para fazer frente à multiplicidade de casos com desfecho semelhante ao de Joele. A pena para quem comete homicídio "contra a mulher por razões da condição de sexo feminino" é de reclusão, de 12 a 30 anos.
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