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17 ANOS DO CRIME

Assalto ao Banco Central: veja que fim levaram os bandidos

Crime voltou a ser assunto nacional após a Netflix lançar um documentário sobre o assalto cinematográfico, que ocupou 1º lugar no Top 10 da plataforma na última quinta-feira (17).

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Imagem ilustrativa da notícia Assalto ao Banco Central: veja que fim levaram os bandidos camera R$ 164 milhões em espécie foram levados pelos assaltantes. | Divulgação/ PF

Em 8 de agosto de 2005, o Brasil parou para acompanhar a repercussão de um assalto ao Banco Central de Fortaleza. Tudo começou nos dias 6 e 7 de agosto, um fim de semana, quando ladrões escavaram um túnel até o centro financeiro e conseguiram levar R$ 164 milhões em espécie, que pesavam cerca de 3,5 toneladas. O roubo só foi descoberto na segunda-feira, dia 8 de agosto.

A nova série documental da Netflix, “3 Tonelada$: Assalto ao Banco Central”, ocupou o 1º lugar no Top 10 da plataforma na última quinta-feira (17). A produção, composta por três episódios, revisita momentos-chave do golpe milionário do ano de 2005, que virou assunto na web nos últimos dias. Veja agora as consequências das investigações desse caso.

A Justiça Federal no Ceará condenou 119 réus, nos 28 processos originados pelo furto ao Banco Central em Fortaleza, ocorrido no dia 5 de agosto de 2005 e prestes a completar 17 anos.

As penas estipuladas pelos juízes que conduziram o caso variam de 3 a 170 anos de prisão. Os réus foram acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) pelos crimes de furto qualificado, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, porte ilegal de arma de fogo, uso de documento falso e extorsão mediante sequestro, conforme a participação individual.

O Supremo entendeu que os réus não podiam ser condenados por lavagem de dinheiro em fatos anteriores à definição de organização criminosa existir na legislação brasileira, o que aconteceu apenas em 2013. O Brasil era signatário de um acordo internacional denominado Convenção de Palermo, que definia a lavagem de dinheiro como crime, mas passou a ser ignorada.

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O líder

Antônio Jussivan Alves dos Santos, o 'Alemão', apontado como um dos líderes da quadrilha que furtou R$ 164 milhões do Banco Central, foi condenado duas vezes pela Justiça Federal: a 49 anos e 2 meses de prisão, em um processo que respondia por furto, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e uso de documento falso; e a 80 anos e 10 meses, por lavagem de dinheiro. A pena total era de 130 anos de reclusão.

Porém, a primeira pena foi reduzida para 35 anos e 10 meses, no TRF-5. Já a segunda foi anulada no mesmo Tribunal, e o STJ manteve a decisão, em outubro do ano passado.

Antônio Jussivan foi preso em uma loja de pneus, em Brasília, onde morava, em fevereiro de 2008. Em 2017, ele tentou fugir de um presídio cearense, mas terminou baleado e capturado. Depois, foi transferido a um presídio federal.

DNA do crime

Durante as investigações foi constatado que alemão convidou familiares e conhecidos do Município onde nasceu, Boa Viagem, para participar da ação criminosa. Também foram condenados na Justiça Federal a sua irmã Geniglei Alves dos Santos, a 160 anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro, mas teve a pena reduzida para 15 anos.

E o seu primo Marcos Rogério Machado de Morais, condenado em dois processos a um total de 57 anos de prisão, por furto, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e uso de documento falso, que, por sua vez, teve as penas reduzidas para 35 anos de reclusão.

Outros líderes

Ainda de acordo com as investigações da Polícia Federal, na época, existiam pelo menos outros três líderes que compunham a quadrilha. Luís Fernando Ribeiro, o 'Fernandinho', foi arrolado como o susposto financiador da construção do túnel de 75 metros que levava até a caixa-forte do Banco, ele fez um investimento de R$ 800 mil para a empreitada. Mas não chegou a ser condenado na Justiça, porque foi encontrado morto em Minas Gerais, em outubro de 2005, depois de ser sequestrado em São Paulo por supostos “policiais civis” e a família pagar R$ 2 milhões para ele ser liberado, mesmo com o 'Fernandinho' já morto.

Moisés Teixeira da Silva, conhecido no mundo do crime como 'Tatuzão' por ser especialista em cavar túneis, foi o último líder da quadrilha preso. Ele foi capturado pela polícia apenas em julho de 2009, em São Paulo. Condenado a 16 anos anos de prisão por furto, formação de quadrilha e uso de documento falso, teve a pena reduzida para 14 anos, após recorrer da decisão.

O homem que seria o cérebro do crime e o mentor intelectual do túnel, Davi Silvano da Silva, foi preso em uma residência no bairro Mondubim, em Fortaleza, em setembro de 2005, junto de quatro comparsas, na posse de R$ 12,5 milhões furtados do Banco. Ele foi sentenciado a 47 anos de prisão, pelos crimes de furto, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e uso de documento falso, na Justiça Federal. Mas teve a pena reduzida para 17 anos e seis meses, na instância superior.

O restante da quadrilha

Outras pessoas que tiveram participação direta ou indireta com a ação criminosa dentro do Banco Central, passaram mais de uma década fugindo de operações policiais. Raimundo Laurindo Barbosa Neto, outro primo de 'Alemão' (preso em setembro de 2018) e Antônio Artenho da Cruz (preso em outubro de 2018), foram capturados pela Polícia Militar na cidade de Boa Viagem, no Ceará.

Antônio foi condenado na primeira instância a 27 anos de prisão, furto, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, mas a pena terminou reduzida para dez anos. Enquanto Raimundo, foi condenado a 170 anos de prisão, por furto, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro; mas a instância superior reduziu para 17 anos.

Antes disso, em agosto do mesmo ano, Adelino Angelim de Sousa Neto já havia sido preso pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) ao sair de casa em sua bicicleta, no Município de Paranoá. Ele foi sentenciado pela Justiça Federal no Ceará a 18 anos de prisão, por lavagem de dinheiro, e depois teve a pena reduzida para 16 anos.

Cadê o dinheiro?

Dos R$ 164 milhões roubados do Banco Central de Fortaleza somente R$ 53 milhões foram recuperados, o destino do restante do dinheiro até hoje, quase 17 anos depois do assalto, ainda é um mistério.

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