Um morador do bairro da Cremação, em Belém, é acusado de ser responsável por promover uma chacina de gatos que rondam a praça Dalcídio Jurandir, no mesmo bairro. As denúncias foram feitas por uma protetora de animais e por uma integrante do Projeto Xerimbabos, que disseram também ter sido vítimas de ameaças do homem.

No bairro, existe uma rede de protetoras aos animais que alimenta, cuida, encaminha para adoção e castra os animais que são abandonados na praça, mas nas últimas semanas foram recebidas denúncias de que os gatos estavam sendo atacados por cães, no caso mais recente, cinco felinos pequenos foram mortos com requintes de crueldade.

Chacina em praça pública

“Este ataque, dessa vez, a gente tem um acusado, uma pessoa que foi filmada colocando o cachorro para atacar [os gatos]. [Essa pessoa] não só foi filmada, como ameaçou tanto as protetoras quanto a vida dos gatos. Ele disse ontem (1º) de maneira expressiva e enérgica que iria matar todos os gatos e hoje (2) de manhã amanheceram sete gatos mortos”, narra Carmem Américo, do Projeto Xerimbabos, em entrevista à RBA TV.

“Não é só ele. Existem outras pessoas que trazem os cães aqui para fazer de vítima os gatos abandonados. Esses gatos são recolhidos mortos, mas das outras vezes eram recolhidos individualmente, aparecia um ou outro, e não se tinha a certeza de quem cometia”, esclarece.

Autoridades públicas reagem

A Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da OAB-PA tomou conhecimento da denúncia através das redes sociais e prometeu acompanhar de perto o caso para que as demais autoridades públicas tomem uma providência.

“O que mais chamou atenção foi o nível de crueldade do fato, nós dificilmente vemos situações como essas de tão grave o nível de maldade praticada por uma pessoa, literalmente, dilacerando outros animais”, afirmou o presidente da Comissão, Albeniz Neto.

A Polícia Civil foi procurada pelas denunciantes. Na ocasião, o denunciado não estava em casa. “Foi deixada uma intimação e nós esperamos que em pouco tempo a polícia consiga ouvi-lo e prendê-lo”, desabafa Carmem.

Sobre o caso, a Polícia Civil informou que o caso é investigado por meio da Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa) e que as diligências são feitas para apurar o caso, além de identificar os envolvidos.

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