Há dois anos que a voz da "rainha da saudade" ecoa em forma de saudade nos corações de quem era fã e acompanhava a cantora Cleide Moraes. A artista voltava de um show na ilha de Mosqueiro em julho de 2020 quando o carro em que ela estava foi atingido por outro, que era dirigido por um motorista embriagado.
O acidente foi na altura do Km 09, da rodovia PA-391, no perímetro que pertence ao município de Santa Bárbara do Pará, Região Metropolitana de Belém. Victor Hugo dos Reis Morais, de 27 anos, é acusado de ter provocado o acidente que vitimou a artista e deixou ferido Miguel Marques Silva, que conduzia a Kombi em que Cleide estava.
O processo por homicídio tramita na Vara Criminal de Benevides, que tem como titular a juíza Edilene de Barros Soares. Ela decidiu que o réu vá à Júri Popular, porém ainda não há data definida para o julgamento.
Durante as investigações, foram ouvidos policiais militares que atenderam a ocorrência e outros motoristas que testemunharam o acidente. Durante o inquérito, a polícia constatou que a Kombi com Cleide e Miguel estava parada - e foi atingida pelo carro de Victor.
Também foi constatado que ele passou o dia na ilha de Mosqueiro e consumiu bebida alcoólica, assumindo, neste sentido, o risco e a responsabilidade por dirigir embriagado e ter provocado o acidente.
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Para a família, a decisão de levar Victor Hugo ao Júri Popular já é um alento, porém todos esperam que a Justiça seja feita.
"É uma ferida aberta que parece que não sara. Vivemos uma busca incessante por uma resposta, por Justiça", disse Brenda Moraes, filha da cantora.
A defesa do acusado informou que irá recorrer da decisão para evitar que Victor seja julgado pelo júri.
Cleide Moraes tinha 59 anos de idade e iria completar quatro décadas de carreira.