No último sábado (21), um vídeo postado pelo obstetra Allan Rendeiro, foi bastante comentado nas redes sociais. Nele, o médico assedia um casal, em plena sala de parto, para votar no candidato à Presidência Jair Bolsonaro, no 2º turno da eleição, no próximo dia 30 de outubro.
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A vereadora de Belém e deputada estadual eleita, Lívia Duarte (PSOL), formalizou um pedido de investigação administrativa do caso ao Conselho Regional de Medicina (CRM). Diz o médico no vídeo, que após viralizar, foi apagado: "Eu sou Gael, já nasci 22 e vou votar no Bolsonaro. Eu vou começar a reclamar aqui no hospital para diferenciar o negócio do pai, eles botam uma roupa vermelha. O doido não vem dizer que vai votar no Lula [...] rapaz tu quer que eu vá já embora e nem opere ela?", comenta sobre o pai do bebê. Em seguida, ele filma a mãe deitada na sala de cirurgia, em situação de vulnerabilidade, e pergunta se ela vai votar no candidato Bolsonaro, mas a vítima dá um sorriso sem graça.
No ofício, Lívia observa que a conduta do médico incorre na prática de tentativa de coagir alguém a determinado posicionamento político, ora classificada como assédio eleitoral ou político, que é considerada crime pelos artigos 299 e 301 do Código Eleitoral Brasileiro.
Em seu perfil no Facebook, o médico já publicou esta foto, pedindo a morte da ex-presidente Dilma Rousseff:
"Apesar de banalizados, casos de abuso, assédio ou má conduta dentro da área da saúde, envolvendo profissionais ou pacientes, não deveriam ser minimizados. A banalização leva à impunidade, e a impunidade traz o sentimento de que o ato é permitido e de que não haverá consequências práticas ou palpáveis para o agressor", diz a vereadora no ofício.
O caso teve bastante repercussão e foi noticiado por vários veículos de imprensa nacional, dentre eles Carta Capital, Mídia Ninja e revista Fórum.
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