Uma mulher foi encontrada morta no dia 14 de abril, no banheiro do motel Bora-Bora, localizado no bairro Castanheira, em Belém. A vítima foi identificada como Juliana Moraes de Castro, 30 anos.
De acordo com o irmão de Juliana, Emerson Moraes, ela saiu de casa no dia 12 de abril, alegando que iria viajar com uma amiga - que seria advogada - para Marabá, que iria acompanhá-la em um caso jurídico por lá.
A família não conhece a suposta amiga e nem tem informações sobre ela. O último contato que os familiares tiveram com Juliana foi no dia 13 de abril, horas antes da morte. O irmão relatou que por volta de 22h30 do mesmo dia, ela deu entrada no motel e, a partir daí, não teve mais informações.
A família ficou sem notícias de Juliana por 12 dias, até o dia 24 de abril, quando a Polícia Civil, segundo o irmão, entrou em contato com a família e informou sobre a morte da jovem.
Juliana teria ficado poucas horas com vida no motel. O corpo dela foi encontrado por uma camareira, que achou suspeito a jovem não dar retorno após ser chamada. Ao entrar no quarto, a funcionária encontrou a vítima jogada no chão, apenas com roupas íntimas, atrás da porta do banheiro, já sem vida.
Acompanhante foge após homem morrer em motel de Belém
Após isso, o estabelecimento teria acionado a polícia e o Instituto Médico Legal (IML). De acordo com a declaração de óbito da vítima, as causas da morte, segundo o irmão, são desconhecidas e foi constatado um edema no pulmão da jovem.
Ainda não se tem certeza se a jovem recebeu visitas no quarto motel antes de morrer. Agora, os familiares correm atrás para que o caso seja esclarecido o mais rápido possível, pois acreditam que as informações estão desencontradas e suspeitas.
“A gente não quer que a morte dela fique impune, queremos que o culpado apareça e se, realmente, foi de causas naturais, a gente quer saber também. Queremos informações concretas, porque até agora não temos”, ressaltou Emerson Moraes.
Por meio de nota, a Polícia Civil do Pará informou que investiga o caso por meio da Delegacia da Guanabara e que diligências são realizadas para ouvir testemunhas e perícias foram solicitadas para esclarecer as circunstâncias da ocorrência.
O que diz o motel
Em contato com o DOL, o motel Bora-Bora, onde o caso ocorreu, lamentou a morte da jovem e disse que está contribuindo com as investigações. O estabelecimento também informou que já repassou imagens das câmeras de segurança para a polícia e o relatório de entrada e saída do dia do ocorrido.
OUTRAS MORTES NO LOCAL
Um homem morreu no início deste ano, dentro do motel Bora-Bora. A vítima, que não teve o nome divulgado, estava com o companheiro em um dos quartos, quando teve um infarto e não resistiu. O acompanhante do homem fugiu após o ocorrido.
A Polícia Militar esteve no local até a chegada do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que fez a remoção do corpo da vítima do crime.
Antigo Motel Colonial
O atual motel Bora-Bora, antigo motel colonial, é o mesmo que estampou as capas de jornais e telejornais de todo estado, há cerca de 12 anos, por conta de um crime brutal. O local é onde Savana Nathália Barbosa da Cruz e Raimundo Nonato Ferreira dos Santos, assassinaram e esquartejaram o vigilante Joelson Ramos dentro de um quarto de motel em 2011.
Savana Nathália foi condenada a 40 anos de reclusão em regime fechado e Raimundo Nonato foi condenado a 38 anos e 6 meses. O paradeiro da cabeça do vigilante até hoje é um mistério.
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