Dez pessoas, incluindo nove no Brasil e uma na Itália, foram presas nesta terça-feira (10) durante a Operação Mafiusi, que investiga o tráfico internacional de cocaína entre a América do Sul e a Europa. Segundo a Polícia Federal (PF), os suspeitos movimentaram cerca de R$ 2 bilhões entre 2018 e 2022.
A operação foi realizada em colaboração com autoridades italianas, a Guarda Civil Espanhola, a Interpol, a Europol e a Eurojust. A investigação identificou dois grupos criminosos conectados: uma facção brasileira com origem em São Paulo e uma organização mafiosa italiana. Ambos são suspeitos de atuar no envio de grandes quantidades de cocaína para a Europa.
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Investigação e operação
As investigações começaram em 2019, após a prisão de dois integrantes da máfia italiana em Praia Grande (SP). As redes criminosas operavam entre o Porto de Paranaguá (PR), principal ponto de saída no Brasil, e o Porto de Valência, na Espanha, destino final da droga. Além do transporte marítimo, aviões particulares eram usados para levar cocaína para a Bélgica, onde a carga era retirada antes da fiscalização.
A Operação Mafiusi é um desdobramento da Operação Retis, realizada em 2022, que revelou a cooperação entre uma facção brasileira e uma organização criminosa italiana no tráfico de cocaína e desarticulou parte da logística no Porto de Paranaguá.
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Os grupos também são suspeitos de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro, utilizando empresas de fachada e contas bancárias para movimentar valores e adquirir bens.
Ações realizadas
Além das prisões, 31 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Roraima. A PF também solicitou o bloqueio de R$ 126 milhões em bens e dinheiro vinculados aos suspeitos.
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