
Em uma região onde a floresta se fecha como muralha e o rio é a única estrada, a violência se mistura ao silêncio. O Rio Iratapuru, na divisa entre Laranjal do Jari (no Amapá) e o Pará, voltou a ser cenário de morte, brutalidade e mistério. O isolamento natural, que guarda riquezas e histórias, agora também abriga as marcas de um massacre.
A Polícia Civil do Amapá investiga o assassinato de seis homens, todos naturais do Amapá, encontrados mortos em pontos distintos do rio, em uma área de difícil acesso. As primeiras apurações indicam que o grupo pode ter sido confundido com assaltantes suspeitos de envolvimento em um roubo ocorrido em um garimpo no último fim de semana. Entretanto, familiares afirmam que eles estavam na região apenas para levantar informações sobre propriedades que poderiam ser compradas.
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Segundo depoimentos à polícia, os homens mantiveram contato com parentes até a segunda-feira (4), informando que já estavam a caminho de volta para o Amapá. Depois disso, o silêncio. Preocupados, os familiares procuraram a delegacia em Laranjal do Jari para registrar o desaparecimento.
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Durante as buscas, equipes localizaram os corpos em diferentes trechos do rio. Duas caminhonetes que pertenciam ao grupo foram encontradas queimadas em um ramal do lado paraense da divisa. A identidade das vítimas ainda não foi oficialmente divulgada.
FORÇA-TAREFA INVESTIGA CHACINA
A Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Amapá (Sejusp) montou uma força-tarefa para apurar o crime e identificar os envolvidos. A área onde ocorreu a chacina é conhecida pela presença de garimpos ilegais e pela dificuldade de acesso, fatores que podem atrasar o avanço das investigações.
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