"Todas as vezes que venho a Belém, me despeço da família como se não fosse mais voltar”. O desabafo é de um comerciante do município de Anajás, na Ilha do Marajó, que de 15 em 15 dias faz o que chama de “viagem no medo”, que é atravessar o estreito rio de Breves e os furos da Jararaca e Ponta Negra, na saída e entrada da baía do Arrozal, no município de Barcarena.

Somente nos primeiros 200 dias do ano de 2011, três grandes ocorrências chamaram a atenção da sociedade pelo modo cruel como os “piratas” agiram nos assaltos a embarcações que navegam à noite pelos rios do Pará, sem nenhuma segurança.

O primeiro ataque fatal dos piratas este ano aconteceu no mês de abril, no furo da Piramanha, entre os municípios de Belém e Barcarena.

Na ocasião, o vendedor de açaí Lourivaldo Pinheiro Gonçalves, de 23 anos, perdeu a vida na ação de piratas. Ele viajava de Limoeiro do Ajuru, no Baixo Tocantins, no barco Kalebe Júnior, com destino a Belém. A embarcação foi invadida por cinco “piratas” que o mataram com um tiro no abdômen.

O “modus operandi” das quadrilhas que atuam nos rios do Pará vem sendo mapeado pela polícias Civil e Militar. Os ataques ocorrem sempre à noite com a utilização de voadeiras e “rabetas” (pequenas embarcações) velozes, tendo como suporte um barco maior que, depois da abordagem, carrega tudo o que é possível das vítimas.  (Diário do Pará)

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