Depois de viver uma noite de terror, um homem pode ver atrás das grades parte do grupo de pessoas que o sequestraram, humilharam, fizeram compras com o cartão de crédito e no final ainda roubaram dele o carro de marca Fiat e modelo Siena ELX de cor cinza, na noite de anteontem. 

David Barbosa da Silva, de 20 anos, e Fabrício Favacho, de 23 anos, comemoravam na rua João Evangelista, numa localidade conhecida como “Buraco Fundo”, bairro do 40 Horas com música alta no carro roubado, quando foram abordados pela PM e conduzidos à Seccional da Cidade Nova após ser constatado, através da verificação da placa, que aquele veículo havia sido roubado um dia antes.

O SEQUESTRO - Abordado por volta das 20h30 da última segunda na almirante Wandelkolk, bairro do Umarizal, a vítima foi mantida por mais de seis horas dentro do próprio carro com uma arma apontada contra a cabeça, tendo que observar impotente os bandidos fazerem planos com os bens dele. 

Fizeram algumas compras com o cartão de crédito dele, e só não deixaram maior prejuízo porque o limite do crédito logo estourou. O largaram na rua Nova, entre as avenidas Pedro Álvares Cabral e Senador Lemos, no bairro da Sacramenta.

MOMENTOS DE TENSÃO - “Eles puseram uma blusa na minha cabeça e me mantiveram com as mãos para trás do meu corpo. Percebi que tinham três dentro do carro comigo e havia mais dois numa moto dando apoio. Numa hora eles pararam para entrar mais um que ficou ao meu lado”, detalhou o homem roubado. Segundo ele próprio, David era quem apontava a arma contra a cabeça dele.

MARCARAM TOCA - “Dois estão pinados, mas conseguimos pegar esses dois, que estavam bebendo whisky importado e ouvindo música alta dentro de um carro que não aparentava ser deles. Ainda quiseram negar, mas quando os trouxemos à delegacia a casa caiu pra eles”, comemorou o cabo Silvio, do motopatrulhamento do 6º BPM, 18ª AISP.

Nenhum dos dois suspeitos quiseram conversar com a imprensa, mas ambos foram reconhecidos e em seguida autuados em flagrante por roubo qualificado na Seccional da Cidade Nova pelo delegado Adelino Serra.

(Diário do Pará)

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