A Polícia Civil do Pará cumpriu 37 mandados de prisão temporária e 84 mandados de busca e apreensão durante a operação “Blitz”, nesta terça-feira (7), para prender acusados de envolvimento em esquemas de fraude para emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). As ordens judiciais foram cumpridas pela manhã. Os resultados da ação foram apresentados em entrevista coletiva, à tarde, pelo delegado geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, e pelo promotor de Justiça Milton Menezes, do Ministério Público do Estado.

Entre as pessoas que tiveram os mandados decretados estão funcionários do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), funcionários e donos de autoescolas, acusados de facilitar o processo de emissão dos documentos por meio fraudulento.

No Pará, a operação – que reuniu Polícia Civil, Ministério Público e Poder Judiciário – prendeu pessoas em Belém, Ananindeua, Bragança, Capanema, Cametá, Moju, Castanhal, Abaetetuba, Paragominas, Tomé-Açu e Conceição do Araguaia.

A operação é resultado de um ano de investigações, quando foram detectados indícios de fraudes que envolviam transferência de processos para emissão de carteiras de habilitação. Nesse período, as Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans), situadas em vários municípios do Pará, foram alvo de investigações.

“No ano passado chegamos a protocolar uma denúncia no Ministério Público sobre essas fraudes, que agora deram resultado”, comemora Elison Oliveira, presidente do Sindicato dos Servidores do Detran-Pa. Nesta quarta, ele se reúne com promotores do MPE para maiores esclarecimentos sobre as fraudes.

Pelos mandados de prisão temporária, os acusados permanecem presos por cinco dias, que podem ser renovados por prazo igual. Os servidores públicos do Detran ficarão recolhidos no presídio Coronel Anastácio das Neves, no Complexo Penitenciário do Distrito de Americano, em Santa Izabel do Pará. As mulheres ficarão recolhidas no presídio Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua. Os demais serão distribuídos em outras unidades do sistema penal. Todos vão responder pelos crimes de formação de bando ou quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato, falsidade ideológica e falsificação de documento público.

(DOL, com informações da Agência Pará)

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