Sete pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (28), durante a operação Manirroto, realizada em Belém e no interior do Pará. Elas são acusadas de integrar uma organização criminosa atuando nas empresas de factoring, que presta serviços como assessoria financeira e contábil, para cometer de crimes contra a ordem tributária.

"Os acusados utilizavam os segmento de factoring para praticar atividades de instituição financeira, como empréstimos de pessoas físicas e jurídicas. Estes empréstimos não eram contabilizados e registrados no sistema financeiro", explicou a delegada Milena Ramos, da Polícia Federal.

De acordo com o delegado da Polícia Federal, Uálame Machado, mais de 450 cheques foram encontrados na residência de um dos investigados, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, totalizando cerca de R$ 11 milhões. "A quantidade de cheques apreendidos foi muito elevada, mas confirmou o que vinha sendo investigado", disse Uálame.

Todos os detidos vão responder pelos crimes contra a ordem tributária e o sistema financeiro, por lavagem de dinheiro, além de formação de quadrilha. A Justiça Federal decretou também o sequestro de bens e o bloqueio de recursos financeiros dos suspeitos.

A PF e a Receita Federal também apreenderam computadores e documentos que serão todos analisados para detalhar os dados sonegados. "As empresas de factoring também entrarão em auditoria fiscal, assim como a documentação para que possamos ter um entendimento melhor da operação", informou o Esdras Esnarriaga Júnior, superintendente da Receita.

O prejuízo aos cofres públicos, pelo não recolhimento dos tributos devidos, foi estimado em R$ 20 milhões.

(DOL)

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