Desavença de primas acaba em esfaqueamento

Duas primas iniciaram uma discussão durante a manhã de ontem que acabou em agressões físicas e no esfaqueamento de uma delas, no conjunto Julia Seffer, em Ananindeua. A desavença aconteceu na frente de uma criança de apenas dois anos. Paula Mayara Couto, 20, atingida no abdômen e no braço, foi levada em estado grave para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE).

Em conversa com o DIÁRIO, Tayane Cristina Cabral, 18, suspeita de golpear com uma faca de serra a prima, disse que Paula foi até a sua casa, localizada na passagem Jéias, para tomar satisfação a respeito do desaparecimento do celular do marido no último domingo (27), passou a ofendê-la e agredi-la.

“Ela achava que eu sabia que o meu irmão tinha encontrado o celular do marido dela e vendido. Mas eu não sabia de nada. Inclusive, já tinha devolvido o telefone. Ela me bateu primeiro e eu puxei a faca”, detalha. E diz que pouco se arrepende. “A gente discute, mas nunca tinha se agredido”, acrescenta.

A cena de briga e agressões graves foram testemunhas pelo filho de Tayane, de apenas dois anos. A acusada teve o rosto e partes do corpo marcado pela fúria de Paula. Por outro lado, a jovem ficou gravemente ferida ao ser atingida no abdômen e no braço. Ela foi socorrida pelo marido às pressas até o Metropolitano onde foi submetida a uma cirurgia ontem a tarde de verificação de órgãos lesionados. Em nota, o HMUE informou que o quadro clínico de Paula é considerado estável.

A acusada foi autuada em flagrante por lesão corporal grave, um crime afiançável, porém, a delegada Luciene Cordeiro, da Delegacia do Julia Seffer esclareceu que irá aguardar a situação do quadro de saúde da vítima, caso Paula não resista aos ferimentos, Tayane será autuada por homicídio, mudando a situação do flagrante. Enquanto isso, a acusada submetida a exame de corpo de delito, deverá aguardar no Centro de Recuperação Feminino (CRF), para onde foi transferida ontem a tarde.

“Ela não agiu em legítima defesa, na mesma proporção. Se armou ao pegar uma faca e foi com a intenção de ferir. Deveria ter denunciado à polícia sobre as agressões e não reagido dessa forma”, esclareceu a delegada.

(Diário do Pará)