Um adolescente que trabalha como ajudante de oficina, de 17 anos, morador do Conjunto Mário Couto, é enfático em dizer. ‘’Aqui é o bairro do assalto’’. No local, houve outro caso recente, do caseiro Leonardo Henriques Modesto, 39, brutalmente assassinado com vinte facadas, na terça-feira, 12, por volta de 1h30. O crime ocorreu na Rua Santiago. De acordo com a polícia, o caseiro pôde ter sido vítima de latrocínio - roubo seguido de morte.

O diretor da Seccional de Marituba, James Moreira, informou que o contingente é reduzido. Por isso, a Polícia Civil trabalha em parceria com a Polícia Militar para tentar coibir a violência. Apesar dos recentes casos, o diretor diz que os números estão na média. “Marituba em relação a Ananindeua, Belém, tem menores índices de ocorrências. A violência não se destaca. Está dentro de um padrão aceitável. Temos atuado para prender esses marginais’’.

Para o diretor, o envolvimento com as drogas é a principal causa dos homicídios. “Nos últimos dois anos de trabalho de investigação, detectamos que 99 % dos casos estão ligados ao tráfico de drogas. São os próprios traficantes que se digladiam pelo poder de traficar no município’’. A direção informou que na próxima semana, a Delegacia de Marituba, em parceria com o departamento de Polícia Metropolitano, terá uma equipe específica em investigação de homicídios, para que os motivos dos recentes assassinatos sejam divulgados com mais rapidez.

OPERAÇÃO HARPIA

A operação Harpia, conduzida pelos órgãos de segurança pública do Estado tem a finalidade de combater a criminalidade. Em Marituba, opera com barreiras itinerantes. Motoristas e motociclistas foram parados para averiguação dos documentos dos veículos, foragidas, combate ao porte ilegal de arma e drogas. Segundo Sergio Alonso, coronel comandante do policiamento militar em Marituba, Santa Bárbara, Benevides e Ananindeua, os resultados da operação no município serão contabilizados e divulgados em breve.

(Diário do Pará)

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