Foi negado o pedido de liberdade de Ezequiel Antônio Castanha, Giovany Marcelino Pascoal e Edivaldo Dalla Riva, conhecido como “Paraguai”, réus em ações que apuram crimes como formação de quadrilha e grilagem de terras. Nesta sexta-feira (20) continuam a ser ouvidas em audiências as testemunhas de defesa de alguns dos réus.

O pedido foi negado pelo juiz federal Ilan Presser, que responde pela Vara Única da Justiça Federal em Itaituba, na região sudoeste paraense. Também foram negados os pedidos de transferência de Castanha para o município de Novo Progresso, no sudoeste paraense, e de manutenção de bicicleta ergométrica na cela do réu.

Castanha e Dalla Riva continuam detidos em Itaituba, enquanto Pascoal permanece foragido. As prisões, inclusive, foram determinadas pela Justiça Federal e cumpridas pela Polícia Federal durante a Operação Castanheira, em fevereiro passado.

“Não há qualquer documento - e tampouco prova - que ateste a saúde debilitada do requerente, que torne imperiosa a manutenção do equipamento na cela. Permitir a entrada de equipamentos dessa natureza, só se justificaria em casos excepcionais, mediante a comprovação médica”, escreveu na decisão o juiz federal.

Além disso, uma nova denúncia pode complicar ainda mais a situação de Castanha.

DESMATAMENTO

De acordo com o MPF, o grupo invadia terras públicas, desmatava e incendiava a área para formação de pastos e depois vendia as terras como fazendas. As investigações também apontaram que a quadrilha chegou a invadir a área da Floresta Nacional do Jamanxim.

O prejuízo ambiental está avaliado em R$ 500 milhões. Os suspeitos devem responder por mais de 10 crimes, entre eles, invasão de terras públicas, lavagem de dinheiro, crime ambiental e falsificação de documentos.

(DOL com informações do MPF)

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