Menos de 24 horas após um detento ter sido assassinado no Centro de Recuperação Penitenciário do Pará I, novamente esse complexo penitenciário ganha repercussão com um novo homicídio, agora no Centro de Recuperação Penitenciário do Pará II, na vila de Americano distrito de Santa Izabel do Pará.

O caso foi registrado na 17ª Seccional Urbana daquele município perante o delegado João Ricardo de Souza Inácio, por um agente prisional encarregado de narrar o que foi apurado prematuramente dentro do pavilhão penitenciário e apresentação do “laranja” que, nesses casos, assume o crime.

O agente prisional disse que retornava do almoço quando foi informado pelos internos de que havia um colega que foi assassinado, no pavilhão II e ao se deslocar para o local encontrou já morto Deivid Ferreira Marques que apresentava várias marcas de “estocadas” pelo corpo, e estava bastante ensanguentado.

Questionado pela autoria do crime, o detento Deivison Pinheiro Tavares assumiu o fato logo dizendo não haver testemunha e diante da situação fez a apresentação do possível assassino na 17ª Secional Urbana de Santa Izabel sendo autuado pelo crime de homicídio qualificado.

O agente prisional também informou que tanto a vítima como o acusado não davam nenhum problema e a direção da casa penal desconhecia qualquer motivo que pudesse levar Deivison a matar Deivid.

A polícia acredita que Deivison Pinheiro Tavares assumiu a autoria uma vez que existe uma “lei” entre os presos nas cadeias, na qual quando ocorre um homicídio, sempre deve existir alguém para assumir a autoria do crime quando é sabido que os verdadeiros culpados acabam ilesos no crime.

Ouvido em depoimento, Deivison Pinheiro Tavares, de 23 anos, disse que conhecia a vítima, também chamada de “Dede”, quando moravam no bairro da Terra Firme em Belém. Ele o reencontrou na cadeia e iniciou-se uma “desavença”, uma vez que Deivid propalava que um dia ainda iria matá-lo.

O “assassino” disse que ontem foi até a cela de “Dede” e lá desferiu várias estocadas na vítima e questionado sobre a arma utilizada para matar o desafeto o acusado disse “o que tem mais é estoque lá”. Deivison Pinheiro Tavares cumpria pena por latrocínio.

(Diário do Pará)

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