Mais dois suspeitos de envolvimento no sequestro de um empresário na tarde da última segunda-feira (29), no bairro do Guamá, em Belém, foram detidos e autuados em flagrante. A Polícia Civil continua investigando a participação de outras pessoas no crime. Enquanto isso, a idosa Maria Coutinho, baleada na troca de tiros entre os criminosos e a polícia no mesmo bairro, segue estável no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, sem risco de morte e ainda não há previsão de alta.
O diretor da Seccional Urbana do Guamá, delegado Daniel Castro, à frente das investigações, aponta Alexandre Souza Virgolino, 25, e Gilvando Câmara Souza, 28, como envolvidos no sequestro do empresário. Segundo ele, os suspeitos teriam sido encontrados por policiais militares e civis na rua Augusto Correa, naquele bairro.
“Gilvando é o contato, ele possui as informações privilegiadas. Foi ele quem arquitetou e convidou os demais para a ação. Acreditavam que a vítima transportava duzentos mil no carro e pretendiam dividir o dinheiro. Eles são tão audaciosos que estavam se reunindo na casa de Gilvando e já combinavam fugir”, afirma. Segundo o delegado, Gilvando é reincidente com a criminalidade. “Há informação que ele participou de uma saidinha bancária este ano no município de Santa Izabel. Desse crime, ele comprou uma motocicleta avaliada em quarenta mil reais. O veículo estava na casa dele e foi apreendido”, detalha Castro.
RECONHECIDO
Alexandre foi reconhecido pela vítima como um dos assaltantes que o renderam juntamente com Jonilson de Oliveira Gomes, 26, detido logo após fazer um casal refém durante a fuga. O rapaz era neto da aposentada Maria Coutinho, atingida com um tiro na coxa, quando estava sentada em frente da própria casa. A esposa do neto da idosa foi identificada como adolescente. Ela também foi feita de escudo humano, porém, o casal logo foi libertado por Jonilson.
Para a vítima do sequestro, os momentos de pânico nunca sairão da sua memória. “Eu pensei que ia morrer mesmo. Quando eles viram que não tinha dinheiro comigo, começaram a contar toda a rotina da minha família. Sabiam o meu endereço, quantos filhos eu tenho, meus irmãos, o horário que minha esposa sai do trabalho e várias outras coisas. Já falavam até em resgate”, desabafa.
“As investigações continuam no intuito de descobrir como essas informações privilegiadas chegaram até eles”, afirma Daniel Castro, delegado.
(Diário do Pará)